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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Palavras ....


Na vertigem que chega
No arrepio contagiante
Da palavra sentida
Seduzida e escutada
Emerge um caldo
Com sabor
Difícil de traduzir
Pois é quente e aromático
O sentir cativante
Do seu vapor


Na mente rebelde
E libertina
De um autor
Cuja imaginação flui
Isenta de fronteiras
No explanar da sua criação
Evoluem cenários
Pigmentos de agridoce
Que tocam
Cordas vibratórias
Num lugar
De intimas partes vivas
Compostas por desejos
E sublimes energias


A palavra tem vida sim
Ela flui no braço de rio
Que a fazemos navegar
Remando na espuma
E nas correntes
Dos desejos e sonhos
Que sustentam
Os genes multicelulares
Da nossa inspiração


Entre as fronteiras
Pedaços perdidos
De terras de ninguém
Surgem cactos e arbustos
De flores rosácias
Que na sua sede
Absorvem regadios
Submersos

Que nascem distantes
Na textura dos dedos

De alguém ….