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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Extractos Adocicados ...







Após este apeadeiro de conteúdos
Paragem essa necessária
Para que os relevos naturais
Das texturas que envolvem
O granulado das palavras
E assim se abram à luz
Permitindo
A fotossíntese pura das emoções
E em que os campos observados
Percam a cor mesclada dos tons
E nesse sentido se tornem
Cada vez mais nítidos
Cada vez mais verdes
Contrastando com os azuis fortes
Bem vindos
Que relaxam e tranquilizam
O fervilhar contraditório
Do mundo dos sentimentos



Volto aqui outra vez
Sorrindo
Perante essa beleza
Que nesse olhar de mulher
Contagia-me de vontades
Distanciando-me forçosamente
De quase todas as realidades
Numa epopeia digna
Das mais cobiçadas
Marginalidades



Nesta aventura
Onde a vida por vezes é noite
E outras vezes é dia
Experimento e conquisto
Territórios adjacentes
E saboreio oásis de ousadia
Tornando assim independentes
Alguns dos mais Especiais
Momentos de alquimia



Todo o mistério
Que envolve a Existência
Reside no seu máximo significado
Procura e busca essa
Tentando saber e conhecer
Onde de verdade habita a Felicidade



Mas é nessa vertente essencial
Que vive aqui em mim
Em qualquer pessoa
Como seguramente também em ti
É a nascente
É cascata
É a fonte que detêm o Poder
De fazer acontecer
Todos os substanciais desejos
Libertando os Seres de muitos medos
Fazendo em harmonia fluir a Vida
Criando espaços criativos
Multidimensionais
Onde as verdadeiras aspirações
Na realidade e no tempo
Simplesmente se concretizam



Dimensão pura
Num universo complexo
De ingredientes participativos
Onde se aprende a cada dia
Interpretando o mundo disto tudo
Através das várias frequências
Das variantes dos sentidos
Cambiantes racionais e irracionais
Detonadores e provocadores emocionais
Construindo assim cada patamar
Desse magistral edifício
De experiencias percepcionais



É nesse campo adubado
Totalmente fertilizado
Onde tudo o que existe
Está unificado
Que eu aprecio melhor
Gestos dessa tua leveza



Pedaços singulares


Relíquias e tesouros



Que graciosamente compõem





Os extractos adocicados



Dessa Tua


Infinita Beleza …











domingo, 25 de outubro de 2009

Paisagens dos Meus Olhos ...







Estes não são
Os meus olhos
Mas são sim
Os tons
As cores e as linhas
Das paisagens que
Na maior parte das vezes
Ele percepcionam
Interpretam e reflectem



Essas paisagens são exemplos
Das várias facetas
De outras coisas
Que esses olhos
Por vezes sem contudo verem
Despertam sinais no meu espírito
Alertando o véu da minha Alma
Para as várias substancias invisíveis
Não fácilmente perceptíveis
Que circulam nos corredores
Da mansão dos seres
Que visitam as velhas arcadas
Registos monumentais de aqueles
Que um dia julgaram encontrar
Nas linhas enviusadas
Os suporíferos necessários
Que eventualmente poderiam envolver
Os genuínos sentimentos
Propulsores sagrados esses
Dos mais profundos saberes



Estas não são as imagens
Dos meus olhos
São sim as paisagens que
Nesta diáspora de contradições
Que alguns desses seres
Seres esses impregnados de gente
Criam nos seus próximos e iguais
Enredos simulados teatrais
Cujas chantagens emocionais
Estão velhas e gastas
Depositando na terra vermelha
Argila fértil terapêutica
Para outras vertentes medicinais



Cresci neste mundo contraditório
Enfeitiçado pela magia das coisas boas
Que em tenra idade julguei
Eternas e facilmente realizáveis
E num lado frio da montanha
Conheci em devido tempo
A pedra essência da ilusão
Que em certo dia
Me contou a verdade da realidade
Que em poucas palavras arrasou
A inocência do meu coração
Fazendo com que
A Palavra Verdade
Fosse bandeira única
Em qualquer herdade
Em qualquer bastião
Fosse essa ou esse
De pequena ou grande dimensão



Estas palavras que profiro
Não são feitas de entrelaçados
Entre a mentira
A dúvida e a indecisão
São provas vivas revisitadas
De viagens ao mundo profundo
Onde a razão não vale nada
Vale menos que qualquer tostão
Portanto
Gotas de pedra por aí
Que procuram criar mossa na água
Vejam bem a cor da pretensão
Pois há muito a observar
Nesse contexto que define
A ténue fronteira
Entre a transparência
Da autenticidade cristalina
E o engano estudado da ilusão



Ser tudo ou ser quase nada
Está na dobra da imperfeição
Solução essa que reside
No custo pendente
De uma obra inacabada
Que significa
Para todos aqueles que
Um dia já conheceram
A mensagem que chega
Na consciência que desperta
Na mais tranquila madrugada
É a permanência sólida
Consistente de que
Existem valores na Vida
Que estão muito para além
De qualquer simulação
Ou jogada subtilmente articulada


Tudo o que aqui
Foi dito
É tão pouco
Tão pouco

Mas talvez em qualquer altura
Eu vá dizendo mais um pouco

Pois o sabor do que vejo
Neste mundo de gente
Tão inteligente
Gente tão boa
Mas também de gente de sabor
Tão vazio e tão oco



Tem um travo multidisciplinar




É preciso saber observar

É preciso saber apurar o paladar
E assim depois distanciar


Para nessa mesma distancia



Saber o que na realidade
De tudo isto




O que vale realmente a pena peneirar




Para depois tranquilamente



Com Ternura Guardar …




















quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Minha, Nossa , Tua e Tua ...







Houve um tempo
Passado
Passado que é esse tempo
Que numa
Determinada passagem
Eu lhe pedi
A total transparencia e Verdade
Mas essa aí na sua faculdade
Se escondeu e acobardou-se
Provocando a purga necessária
Do nucleo do perímetro do sentir
Ou de algum canto do circulo
Simplesmente


Houve um tempo
Que nos meus monólogos
Estava tudo escrito
Estava na vida
Que continuo observando
Quase tudo estava dito
Mas os passageiros
Libelinhas do tempo
Pouco ou nada entendiam
Pois não era isso que queriam
Eram palavras de amor
Que pretendiam


Agora são outras coisas feitas palavras
São palavras são actos
Sintonias criadas
São paisagens saboreadas
Que sem condescendência
Assim enfrentam e enxergam
Quantas vezes contrariadas


Que se danem esses
Passageiros libelinhas do tempo
Que nada deixam
Vão e vêm
Tal como
As ondas do mar
E o sopro do vento



Hoje no presente
Desde há algum muito tempo
Muito por aqui mudou
Hoje a ideia
A intenção desse existir
Há muito se transformou


Hoje no presente
Fala-se de sensações
Emoções
E alienações
Fala-se de afectos
Fala-se de criações

Fala-se de coisas


Que povoam as estrelas


Que temperam

A nossa vida
Minha
Nossa
Tua e Tua



De Viagens
E Belas Colorações ….






terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nossa Dança ...







Sei que nada sei
Quando se trata de coisas
Que nos invadem sem aviso
E nos elevam ao cume
Das mais altas montanhas
E nesses lugares nos sentimos
Renovados em cada momento
Inquebráveis senhores
Perante todos
Os possíveis abismos
Donos de todo o firmamento


Sei que nada sei
Quando
No sabor que deixas
Na minha boca
Me faz esquecer
A rotina
A exigência
A batalha cruel
Desta vida tão louca


Sei que
Na forma como
Por vezes me acaricias
E por vezes me olhas
Existe um lugar
Onde tu mesmo crias
Circunstancias
Seduções
Enredos fogosos para
As mais singulares
Nossas magias



Sou assim
Parte de ti
Que na tua
Saudável vertigem e tontura
Saboreias cada circulo
Da nossa dança
Num ritmo cadente
Em fase lenta e crescente
Até à total loucura



Sei que nada sei


Quando neste
Pedaço de tempo
Construído em cada momento


Encontro-te

Com aquele teu jeito
Só teu e único



Mulher rebelde
Mulher fogo
Mulher desejo


Mas também


Mulher total


De profundo sentimento …

















domingo, 18 de outubro de 2009

Magma Constante ...







Nos bastidores
De cada nossa intenção
Existem sinais
De um fluxo intenso
Magma constante
Que alimenta de calor
Provocando a fusão
Das nossas vontades
Caldeira essa do nosso vulcão


Resides em mim
Nesse patamar
Onde tudo é possível
Onde nada é inatingível
Onde tudo é realidade
E imaginação credível


E na multiplicidade dessa expressão
Disseste-me simplesmente
Que a letra e as palavras
Desta musica
Que por aqui se escuta
Traduz em pleno
Sentimentos e emoções
Que flutuam
Nos reinos da tua divagação



Neste mundo real
Onde é permanente
A lógica da razão
Eu sou fugitivo
De toda essa pressão
E assim na inesperada curva
Da esquina do dia
E na silenciosa calada da noite
Invado esses teus reinos
Plantando flores
Com aromas de desejo
Nesse jardim perfumado
Pele dourada aveludada
Que cobre docemente
Teu delicioso corpo


Existes assim nesse limiar
Recanto deslumbrante
Onde tudo podemos ser
Miragem perfumada da realidade
Entrelaçados por desejos mais valiosos
Que qualquer diamante
Porque são esses ensejos
A essência pura de vida
De qualquer verdadeiro
E valoroso amante



Flutuas assim
Nessa penumbra da madrugada
Na claridade do dia
E no brilho das luzes
Que povoam a noite


Nesse mundo
Universo sedutor e mágico
Encaminho-me por esses trilhos
Fazendo por vezes paragens
Nos cantos desses pensamentos


E é aí que
Na degustação
E no fervilhar desses elementos


Acontecem
Pequenos Milagres


Nesses palcos
Por onde vagueiam


Alguns dos nossos


Mais inspirados Momentos ….





















terça-feira, 13 de outubro de 2009

Instintos Puros Fatais ...







Saio de casa
Cedo em cada manhã
E na estrada travessia
Que no transito faço
Voam os meus pensamentos
Para aquele
Nosso escondido lugar
Onde o recanto do nosso mundo
Universo só nosso
Acontecendo se põe a nu
E totalmente
De fronteiras despido



Na verdade
Muita paixão até hoje vivi
Mas na realidade
Esse brilho do teu Ser
No impacto brutal
Dessa tua total beleza
Nessa imensa sensualidade
Que em liberdade plena
Esse privilégio me concedeste
E assim
Nessa dádiva
De mistura e loucura
Tua verdadeira essência na fluidez
Da corrente das nossas partilhas
Eu espontaneamente descobri


Que posso eu dizer ?
Que posso eu fazer ?


Simplesmente posso
Cada momento sagaz
Dessa febre madura
Sem medo Viver
Sem constrangimento
No amplo
Tempero e condimento
Viver
Viver
Viver
E viver enquanto esse presente
Existir e durar até que
Chegue o dia em que
De nós dois fujamos
Para que na memória
Completa de nós dois
Ele para sempre exista
E nunca possa morrer



Gosto assim
Quando chegas de socapa
Tapas meus olhos
E no amasso das nossas bocas
Num beijo prolongado e molhado
Linguado e perfumado
Profundo e eterno
Nos aquece e incendeia
Iluminando o caminho
Daqueles prazeres só nossos
Que dizem alguns por aí
Serem fruto
Pecados do inferno profundo



Deixem-nos rir
Deixem-nos sorrir
Eu homem
Tu Mulher
Pois é esse lado
Indescritivelmente abrasivo
Luxuriante e terno
Que nos faz as delicias
De todas as nossas vivencias
Que em nós exaltam


Instintos mais primários

Instintos humanos carnais

Instintos puros fatais


Loucuras nossas
Segredos nossos



Das nossas mais desejadas




Deliciosas




E Saborosas Experiencias …

















quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Invisíveis tatuagens ...
















O que dizer
De tanta beleza assim ?

O que dizer
De tanta fogosidade
Que vem de ti
E que se expressa
Desta forma em mim ?


São oásis miragem
No deserto desta imensidão
Cujo calor cria este magma
Que extravasa e se escapa
Pelos dedos
Da minha e da tua mão


Tenho na minha boca
Gotas de sabor salgado
Que bebo da tua pele
E que nos caminhos rotineiros
Do meu dia a dia
Em que percorro a cidade
Ao lembrar-me desse sabor
Faz acontecer no meu espírito
Aquela vontade indescritível
Alucinada e louca


São esses estranhos filamentos
Que rasgam assim
A lógica dos pensamentos
E que criam em certos momentos
Um caldo efervescente
De desejos em ebulição
Que nos nossos íntimos encontros
Nos fazem vaguear demoradamente
Por esse universo de total perdição



Em momentos meus de solidão
Descortina-se nos meus lábios
Aquele sorriso incontido


Em que no desfilar
Dos meus pensamentos


Revejo sequencias

Invisíveis tatuagens


Marcas permanentes
Em nossos corpos
E em nossas almas


De tudo aquilo
Que não revelamos


Mas que estão gravadas

Nas gotas dos fluidos




Das Nossas
Imprevisíveis


E Infinitas Viagens ….











domingo, 4 de outubro de 2009

Noite Mágica ...







Foi naquela noite
Onde a festa
Por toda a cidade acontecia
Que no cruzar do nosso olhar
Algo entre nós
Despontou no ar
E na fricção
Na mágica vibração ficou
Um novo mundo
Entre nós por explorar



Foi naquela noite
Em que tudo fervilhava
Ecos e sons
Gargalhadas e vozes
E tudo o resto
Que à nossa volta deambulava
Que a chama do fogo em nós
À nossa história nos chamava


Naquela noite
Onde todos os fogos
No céu se espalhavam
Disseste-me ao ouvido
Aquelas palavras mágicas
Que incendiaram em mim
Instintos febris
Que em nós aconteciam
E compulsivamente
Nos contaminavam



Bravos e singulares momentos
Polvilhados de
Insanos pigmentos
Que nos conduziram
Por inconfessáveis caminhos
Onde toda a nossa febre
Foi a cada momento sacudida
Por todos
Os mais incríveis elementos


Naquela noite
Em que o céu se iluminava
De brilhos e cores

Eu pude conhecer em ti
A amplitude total
Da tua magistral beleza
E pude conhecer também

As tuas mais loucas vontades

Tuas fantasias e teus ardores


Que no fervor
Dos múltiplos instantes


Tive na importância do momento
O discernimento


De no meu espírito guardar



Todos os Teus Mágicos


Suculentos


E Deliciosos Sabores ….























sábado, 3 de outubro de 2009

Indecifráveis Constelações ...







Nas vagas dos tons
Das letras e canções
Que retratam
Folhagens e ciclos
Das nossas estações



Só nós dois sabemos
Qual a incandescência
Dos nossos desejos
E qual a rebeldia
Que se instala
Nas nossas bocas
Enlouquecendo
De incontrolada ousadia
O teu corpo
E as minhas mãos



Daí
Só nós dois sabemos
Que todas as palavras
Serão sempre poucas
No desembrulhar ténue
Dos nossos
Íntimos segredos
Nas escaladas mais altas
Das montanhas e dos penedos
Retratos paisagísticos
De todos os nossos
Endiabrados prazeres



Assim
Neste nosso mundo
De coisas
Simples e complexas
Só nós dois sabemos
O valor ímpar
Das nossas loucuras
Fantasias ampliadas
Pelas nossas diabruras
Apimentando cada instante
Numa escala incontida
De êxtase
Puro e vibrante



Nas indecifráveis constelações
Que vão fervendo
Neste cintilar explosivo
Das nossas realizadas
Alucinadas fantasias
Fruto dos sedimentos
Que emergem
Das nossas cultivadas criações



Experimentamos assim

Só nós dois


O soberbo sabor


Dessa mútua loucura
Em nossa total liberdade


As nossas autênticas


Brutais



E mais sublimes

Expressões ….