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sábado, 30 de agosto de 2008

Deixa-te Encontrar


Vanguarda ancestral
Reflexo remanescente
Em cada sombra e brilho
Absorvido nos confins
Dos efeitos mágicos
Dos dias e das noites
Nublosas e chuvosas
Ou cristalinas de luar



Mergulho pleno
Na profundidade
Ultra dimensional
Partilhando interiormente
Conquistas valiosas
No magma oscilante
Da sabedoria emocional



Deixa-te Encontrar
Simplesmente
Profundamente respirar
Na consciência plena
Sentir
Descobrir
O imenso poder
Em cada momento rejuvenescer
Tranquilamente Renovar



Deixa-te ficar
Na plenitude interiorizar
Em cada intensa inspiração
Deixa simplesmente entrar
Essa nova energia fecundar
Cada pedaço do corpo
Cada espaço de Si
Serenamente reeducar



Saboreia cada momento
Visualiza cada fragmento
Nesta infinita epopeia
Deste Encontro sem outro nome
Que não seja este
Encontro Verdadeiro
Na consolidação cadente e firme
Sublimada e disciplinada
No oceano profundo
Do discernimento



Reaprende
Reconhece
Fortalece
Essa força que te invade
Energia que assim flui
Continuadamente
Sempre infra reagente
Reconstruindo
Esculpindo cada abstracto
Refinando cada forma
Pela mão invisível
Da Plena Consciência



Deixa-te
A ti mesmo Encontrar
Nesta magia
Nesta interior alquimia
Nesta viagem sem igual
Ultra dimensional
Que te revigora
Que te tranquiliza
Potenciando o presente
Delineando as linhas do futuro


Cujo nascimento


Está sendo
Verdadeiro


Maravilhosamente intenso



Aqui e agora ….








Luis Sousa

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dualidades


Por vezes questiono-me
Tantas vezes interrogo-me
Algumas vezes respondo-me
Outras tantas confronto-me



Perante tamanha voracidade
De uma inesgotável necessidade
Desferindo o projéctil palavra
Que de alguma forma
Em qualquer pequeno ou grande ciclo
Poderá criar um rumo
Talvez em irmandade
Questionando em permanência
A ignorância da superficialidade



Tantas vezes me interrogo
Sobre os conceitos de liberdade
Que permitem a dualidade
A lavagem de alguma realidade
Pois com uma grande facilidade
Se reclama a atenção de alguém
Como quem prega um prego
Procurando simplesmente
A massagem do seu próprio ego



Há quem viva
Uma vida inteira
Com uma carta esquecida
No fundo da algibeira
Isso só demonstra
Que entre o ir e o vir
Estão pensamentos perdidos
Palavras com letras esquecidas
Que a fragilidade só fez
Por encobrir



Por vezes questiono-me
Onde está a tal chama
Que não acende
Afinal só engana
Estes seres que têm casa
Comida e cama

Ah gente
Já é hora
De sair da lama
A mesa está posta
A porta está entreaberta
Sente-se o fresco aroma
Que vem ali de fora



Que alimenta a aurora

De quem vive em si

Aprendendo em tudo


Aprendendo
Consigo mesmo


Em cada dia


E em



Cada hora ….










Luis Sousa

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Olho em Redor ....


Sento-Me no chão
Caminho sozinho
Dou-te a minha mão
Olho em redor
Vejo semblantes ocos e vazios
Fora do meu mundo
Sinto-Me inconformado
Pois o que vejo
Encontro uma amalgama composta
Por muito de pior
E tão pouco de melhor



Sento-Me
No degrau de uma escada
Ou á mesa de uma esplanada
Olho em redor
São dias de calor presente
Que brotam de mim
Alguns pingos de suor



Saio do meu abrigo guardado
Fortificado
De paredes sólidas de pedra
Chego ao mundo exterior
E são tantas as vezes
Que ausento-me de querer saber
Se existe algo a dizer
Se entre o trocar e o ter
Isso faz a diferença do nada



Sigo um caminho Meu
Quando olho em redor
Vejo que tem pouco de igual
Pois o que sinto querer
No que constato está ausente
O que procuro
São outras demandas
São planícies
Escarpas vistosas
Oscilações também planas
Que fazem do espectro
Um cenário muito diferente



Agora
Saio da cadeira
Sento-Me no chão
Acompanhas-Me no gesto
Dou-Te a minha mão
Olho em redor
Olhamo-nos
Deixamos um leve sorriso
Sentimos as nossas mãos
Estão húmidas
São pingos de suor



Entre a vontade da bondade
E o confronto com a realidade
Sinto a tensão dos opostos
Essa força presente
De uma revolta inconformada
Que me deixa sempre alerta
Perante a postura da manada



Olho em redor


Sinto a tensão dos opostos


Busco na respiração

Na contemplação do belo

Na meditação


Tranquilidade e inspiração


O Caminho se constrói
Assim também


Na lucidez
Na vontade
No combate
Na diferença



Pois procuro sempre



Uma

Providente




Solução …..










Luis Sousa

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Mais e Mais ....




Acresce-Me o Prazer
De escutar
De falar
Mas essencialmente
De muita coisa dizer


Acresce-Me o Prazer
De Amar
De Abraçar
Mas acima de tudo
De na Minha Vida
Eu Vos ter


Acresce-Me o Prazer
De poder dizer
Tudo o que penso
Derramar e secar lágrimas
Em momentos reveladores
De revoltas e algumas dores
No tecido sedoso e perfumado
De um nosso precioso lenço


Acresce-Me o Prazer
De com lucidez
Poder agarrar e sentir
Todos os pedaços
Pequenos e grandes
Que nos vão chegando
E que assim preenchem
Cada canto dos nossos
Múltiplos espaços


Acresce-Me o Prazer
De em verdade poder Viver
Do fundo da minha Alma
Poder Agradecer a protecção
Dos Invisíveis Mensageiros
Culminando nos singulares Milagres
Que na Minha Vida
Tenho visto Acontecer


Acresce-Me o Prazer
De simplesmente poder escolher
Em tranquilidade na aquisição plena
Na observação presente
Profunda e futura
Que engloba
A essência do Saber



Sim
Acresce-Me
Um imenso Prazer
Poder sempre reconhecer
Qualidades únicas e singulares
Na observação dos elementos
Que designam as escolhas positivas
De um qualquer Ser


Acresce-Me o Prazer de
As Vossas Palavras Mágicas
Do Vosso Amor terno
Carinhoso e dedicado
Eu poder receber


Acresce-Me o Prazer
De Eu Vos poder dar tudo
Sem qualquer ensejo
De Amar e de Ser
Assim quem sou
Com inúmeros defeitos
Com algumas virtudes

Mas sempre
Consciente

Do Valor sem igual

Que é

Verdadeiramente retribuir

E Convosco
Continuar

Cada vez
Mais e Mais

Coisas únicas e belas


Saborosamente

Partilhar ….









Luis Sousa

Grito Silencioso ....


Existem dias
Em que algo de notável
Nos faz relembrar
Que nos faz manter sintonizados
Para o verdadeiramente essencial


Pode ser uma conversa saborosa
Com sabedoria e substancia
Que nos encanta
Pode ser um livro
Perdido numa simples estante
Que num grito silencioso
Nos Encontra
E assim milagrosamente
Nos Chama



Pois
É verdade
Quanto mais caminho
Mais são os fenómenos
Que eu confirmo
Quanto mais sigo
O fluxo e o refluxo desta profunda
Complexa e infinita aprendizagem
Mais eu respeito e me vergo
Perante a real constatação
De que nos chegam sinais
Que estão para alem
De qualquer miragem


“ Se a cultura que temos e o modo de vida que se
Propaga em tantos lugares do mundo , não faz as
Pessoas sentirem-se bem consigo mesmas , terás
Que ter a força suficiente para dizer que essa cultura
Não funciona , e como tal não a queres , e que buscas
Um outro Caminho para ti e para os teus … “
Morrie Schwartz


Não precisamos estar condenados
Ou em risco de vida
Para olharmos de forma
Muito atenta para o que é
Verdadeiramente essencial
Nas Nossas Vidas


O que é realmente essencial
É a forma como vivemos e transmitimos
O Nosso Amor e os Nossos Afectos
Aos que mais nos Amam
Aos que mais Amamos
Pois são esses com quem podemos contar
Em cada momento das Nossas Vidas


São esses
Verdadeiros Tesouros
Que nos ajudam a valorizar
Os pequenos grandes momentos
Que agradecidamente desfrutamos

Certamente que

É nesta perspectiva

Que Encontramos

Algo Sagrado

Que confirma

O sentido das Nossas



Vidas ….










Luis Sousa

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Intenso e Concreto ....


No olhar discreto
Intenso e concreto
Sobre os banais e os demais
Elementos que se guarda
Na constatação permanente
Dos fenómenos que acontecem
Como reflexos de um mundo
Enigmático e sinuoso
Cujos traços em certos momentos
Configuram um horizonte
Envolto numa imensa bruma
Com tonalidades
De um contexto incerto


A distancia por vezes
Parece pequena
Mas na realidade
A distancia é longa
Tremendamente longa
Pois são ilhas
Cercadas
Por invisíveis anilhas
Umas pequenas
Outras grandes
Separadas
Por opostos ensejos
Talvez até
Por inconsistentes desejos



Entre a profundidade
E a superficialidade
Inclina-se normalmente
Pela estagnação
Que sem assim o saber
Atraiçoa a solução
De algumas poucas
Ou talvez uma só
Possibilidade


Contempla-se o belo
Sente-se a luz do sol
De um profundo amarelo
Reconhece-se
A imensa diferença
Talvez seja já de nascença
Percorre-se a estrada e o trilho
Escutam-se silêncios e sons
São cânticos harmónicos
De uma simples ave
Pode ser que seja
Um solitário melro


A distancia é longa
A diferença é imensa
A clareza é igual a cautela
Sempre amiga da exigência
Que harmoniza e nivela
E a liberdade ?
A liberdade é convexa
Tem de facto uma leitura
Demasiado complexa

Perante isto
Só mesmo deixar fluir


Simplesmente intuir

Respirar

Mergulhar

E

Sabiamente


Emergir ….








Luis Sousa

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nossas Cumplicidades ....


Dois Povos
Duas culturas com as suas
Particulares especificidades ….


Na faixa dos mais esclarecidos
Encontram-se entre nós
Inúmeras cumplicidades
Quer na importância que damos
Na profundidade do valor da Palavra
Como na multiplicidade dos factores
Existentes no mundo dos conceitos
E na aproximação que se encontra
No universo das Espiritualidades


Reconhecemos
Na mesma língua
Possibilidades sem fim
Nos oceanos de cristais
Em que construímos
A Nossa valiosa partilha


Sentimo-nos próximos
No desfraldar de uma frase
Que nos conforta e nos eleva
A patamares de convergência
Que a nossa consanguinidade irmã
Se torna mais real em consciência


Somos algo diferentes
Mas esclarecidos
E muito semelhantes
Na busca de respostas
Nas questões
Que como humanos que somos
Salpicam as Nossas mentes


Dedilhamos cordas
E tocamos os mesmos tons na escala
Dos vários instrumentos
Que fazem vibrar a Nossa Alma


Obrigado
Pelo Carinho

Brasil !










Luis Sousa

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A Inevitabilidade dos Pensamentos


A Génese da Vida
Conjugada com a infinidade
Das forças do Universo
Concedeu-nos uma ímpar
E curiosa capacidade

A experiência
Da inevitabilidade
Dos Pensamentos ….


Ideias e pensamentos
Que brotam da nossa Mente
Dos quais na proporção dos mesmos
São poucos
Os que o nosso Eu detém
O seu controle crítico e consciente ….


Eles
Os pensamentos
Nascem da multiplicidade
Da nossa Existência
Dos fenómenos que compõem
A nossa rotina diária
Interligando-se
Decompondo-se noutros
Criando a elaboração
Das mais variadas temáticas
Que produzem desde as rotineiras
Até as nossas
Mais loucas viagens ….


Conjugamos
Linguisticamente
Imagens que se sucedem
Da periferia até ao centro
Da nossa consciência
Desconhecendo tantas vezes
A sua proveniência
Somos invariavelmente seres
Condenados ao permanente fluxo
Da sua efervescência ….


Os Pensamentos
São elementos permanentes
Sempre vigentes
Nos mais variados estágios
Que acontecem no palco
Da nossa Mente
Procurando decifrar enigmas
Construindo orientações talvez benignas
Desenvolvendo assim
Sabedorias e Conhecimento ….


Mas atenção
Ao nossos Pensamentos

Pois grande parte deles
Não estão ao alcance
Do nosso controle e discernimento

E quando não disciplinados

Orientados
Pacificados
Cultivados

Podem-se tornar


Num Verdadeiro

E Brutal




Tormento ….








Luis Sousa

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Eu Me Confesso ....


Viver entre o betão
E o cimento
Por vezes nos faz ignorantes
Do saber
Da apreensão real
Profunda e magistral
Que vigora no sentimento


Rotina
Gente
Trabalho
Competição
Luta desigual
Foge-nos o tempo
Perde-se o alento
E o resultado é
Vida a retalho


Se o destino é progresso
Eu me confesso
Prefiro de longe
O mundo natural
Autêntico
Pleno de flora
Pleno de sinais
Da vida animal


Reconheço as vantagens
O conforto
A rapidez da informação
Reconheço a evolução
Do mundo das ciências
Das conquistas
Das transcendências


Preconizo a união
Progresso sim
Mas útil na sabedoria
Da preservação
Na máxima atenção
Nas consequências graves
Da poluição
Da devastação
Com incidências profundas
Na qualidade presente e futura
De toda a alimentação


Quanto mais vejo
Este progresso
Mais enalteço

O Nascer do Sol

A Brisa do Mar

O Som das Aves

E a Sombra Afável


De
Todas


As Árvores ….






Luis Sousa

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Esse Olhar ....


Perante esse olhar
Não há como não deixar
Uma carícia terna
Num movimento lento
Ou em forma de sorriso


Imaginar pausadamente
Gestos sedutores
Que chegam a seguir
Na curva ascendente
De uma longa tertúlia
Em que me deixo perseguir


Perante esse olhar
Resta-me
Segurar o momento
Como se este fosse
Uma estrela longínqua
Que Me chama no silencio
E que chega levemente
No fluxo do firmamento


Assim
Deixo-Me ficar
À mercê
Das loucuras
Dos desejos
Que queimam amarguras
Que traçam bravuras

Despoletando
Sinuosamente

Vontades
Saborosamente impuras

Que a simbiose
Transforma


Em vagas



Deliciosamente

Puras ….








Luis Sousa

domingo, 17 de agosto de 2008

O Afago dos Deuses ....


Dois caminhos
Dois trilhos em união
Que podem significar
Infinitos segmentos
Ou tão Simplesmente
Se podem resumir
Ao entrelaçar de duas vidas


Não é o acaso
É sim
O afago dos Deuses
Na escolha dos gestos
Que lançam os códigos
Que decifram os resultados


São elementos que compõem
As leis dos complementos
São gritos
São vozes em silencio
Que se transformam nos sentidos
Das bases dos fundamentos


São Energias singulares
Almas pendulares
Que se cruzam
Num momento cristalizado
Que o destino ditou
Como verdadeiro potencial
De um impulso renovado


Dois Caminhos que se unem
Duas vontades que se fundem
Dois Seres em busca de uma Vida
De confortos que alimentam a Alma
De partilhas genuínas
De Amor sempre presente
De gestos coroados de cumplicidades
Há muito contempladas


Dois trilhos

Duas Almas

Que se entregam
Num só Caminho


Duas Vidas
Que se Abraçam

Numa só Vontade

Numa só Verdade


Que é
Conquistar Sempre

Com Dedicação
Com Determinação



Os Valores Únicos




De Um Só

Destino …..











Luis Sousa

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tranquilidade Soberana ....


Sagrada solidão
Tranquilidade pura
Em soberba ascensão
O Encontro sacro
Entre a Alma e a imensidão
Do que julgo ser
A perfeita fusão



Natureza
Mãe Realeza
Ar que respira
Pureza que se transpira
Em cada som se encontra
O Sagrado
A Magia
A pura Alquimia



Sagrada solidão
A maior e a mais pequena
Essência da Razão
Corpo
Espírito
Alma
Tranquilidade soberana
Verdade que
Serenamente se entranha
constatação
Que jamais engana


Mother Nature
Existência
De inspiração
Lugares de Anjos
Cavaleiros e Arcanjos
Sinais invisíveis
Que se transformam
Em sons audíveis



A contemplação pura
Que nos chega e nos diz
Que existe uma dimensão
Muito para além
Dos cinco sentidos


Galáxia ténue
De poeira fina

Onde os Olhares
São calmos e tranquilos

Onde acontecem
Fenómenos Indescritíveis


Que superiormente
Nos dizem


Existem Lugares


Onde



Não há

Impossíveis ….










Luis Sousa

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Algo Acontece ....


Em cada degrau conquistado
Um grão de luz
Preciosamente guardado
Em cada facto registado
Um sinal que surge
Nobremente codificado


Não há que duvidar
Tudo o que acontece
Tem rumor a prece
E os gestos revelam
Sintomas profundos
Mananciais
Caracteres de submundos


Se praticas o Bem
Chegam afagos incógnitos
Verdadeiros eloquentes
Residentes do além

Se iludes o Bem
Com entranhas simuladas

Crias vias marcadas
Que quando
Por certas forças apoderadas
Jamais se sabe o alcance
Das sequencias destroçadas


Em cada degrau
Existe um vento
Que movimenta a nau
Nunca se sabe
A duração desse tempo
Que move essa força
Em ritmo cadente
Por vezes
Penosamente lento


Só se sabe
Se a intenção
For a profunda essência
Da verdadeira razão
Uma razão para além do visual
Original
Vertical
Colossal
Força incondicional
Imensamente independente
Cujo lume
Vive brando e quente


Nunca duvides que
O que acontece
Em cada momento
Tem o seu tempo
Se vives cada acto consciente
Se sabes que
O significado de cada acto
Emerge sempre
Em qualquer espaço
Á superfície do Tempo
Tem a noção clara
Que o que faz girar a roda
É algo subtil
Uma Magia rara
Que por vezes

Algo acontece

E ela

Essa
Implacável

Sacro
Energia


Irreversivelmente

Sem aviso prévio


Simplesmente



Dispara …..










Luis Sousa

O Segredo da Descolagem ....


Em cada olhar registado
Fica a beleza
De um lugar quase esquecido
Memoria de um brilho retido
Num desejo contido
Perante o avanço da historia
Ficou um laço sem nó
Cujo eco soou
A um grito sofrido



Só quem bebeu
O sabor pleno do Bem
O sabor acre do mal
Guarda religiosamente
O sabor doce do mel
Só quem descobriu
O vicio dos sabores proibidos
Visitou trilhos com feitiços
Comungou viagens perdidas
Guardou em si sempre
A penumbra dos céus
Cujas rotas
Não tinham destino



Entre a febre da viagem
E a vertigem da travagem
Encontra-se
O segredo da descolagem
Que se capta no momento
De cada triagem



Hoje
Não digo mais nada
Deixo as palavras ecoarem
Viverem
Respirarem
Absorverem
A energia emancipada
A Força insolvente
De uma forma aglutinada

De uma vontade

Sem freio

Declarada


Que jamais poderá ser




Subestimada ….









Luis Sousa

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

São Milagres senhor



Evocam-se Sinais
Chegam Mensageiros
Na neblina perfumada
De madrugadas caladas
Aconchegam-se com ternura
Almas inocentes
Áureas necessitadas



Bem-vindos
Solidários Caminhantes
Que chegam
De lugares sagrados
Envoltos em brumas
Que guardam
Singulares magistérios



Peregrinos
Parecem solitários
Desfraldam bandeiras
Nunca estão sozinhos
Enunciam
Simples gestos
Orações substanciais
Sabiamente iniciam
Movimentos precursores



São Milagres senhor
Eles acontecem
Em cenários
Longe de qualquer pudor
Onde o horizonte se funde
Com o Universo imenso
Emitindo ondas
De perfeito esplendor



Cada passo
Cada pedra na calçada
São impressões
De cursos de rios
Que deixaram de existir
Em muitos corações



São Milagres senhor
São gritos
São escritos
São ecos de uivos
De lobos proscritos
Vozes de sábios
Que registam rotas
De águias e gaivotas
Antes dos homens navegarem
Com o suporte e a ajuda
De úteis artefactos
Chamados astrolábios



Mensageiros
Solitários
Peregrinos de sempre
De ontem
De hoje
E do antigamente
Contemplam pigmentos
Que descodificam
Os sabores da brisa
Que chegam em cada vento

Tranquilamente
Reúnem Sinais

Sinais
Verdadeiros

Referências
Essenciais


E agem
Simplesmente


No espreguiçar


Do

Nosso
Tempo ….







Luis Sousa

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Na Vertigem ....


Olho nos teus olhos
E sinto o fervilhar no ar
Sinto vontade
O desejo palpitante
Em cada carícia
Em cada toque
Que nos faz
Simplesmente vibrar


Sinto em cada gesto
O sabor gostoso
Da Tua pele
Que me faz amar
Cada vez mais desejar
Esta inebriante loucura
Que Me impele


As Minhas mãos
Percorrem
Os refúgios sinuosos
Do Teu corpo
Em gestos reconhecidos
E comandados por ensejos
Orientados
Pelos deliciosos suspiros
Dos Teus desejos


Nestes momentos
Perco a noção
De quem sou
Muito menos sei
Para onde vou
Subtraio na vertigem
Desta deliciosa loucura
Fragmentos de lucidez
Na Minha consciência
Que me dizem
Onde estou


Sim
Vida é assim
Desfrutando
A essência do saudável
Do Bom e do Belo
Na plenitude da harmonia

Entre Mim

Entre Ti


Nós dois
Simplesmente

Em
Completa


Magia …..










Luis Sousa