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domingo, 19 de setembro de 2010

É Neste Mapa ...







Nestas confluências
De novas constatações
Que fazem emergir à superfície
Novas considerações


Mais não posso que
Reposicionar
A minha Consciência
Numa realidade
De novos horizontes
Onde se reinventam
Novas abordagens
Novas tonalidades
Para as mais importantes conexões


Se a ditadura do Ego
Há muito perdeu sua influência
Não havendo espaço
Para a sequência
Da sua cruel e habitual turbulência



Reposicionou-se
Em seu lugar
Uma outra Consciência
Na experiência das revelações
E das demais observações
Nas suas coordenadas
Nas suas directrizes
Que fornecem
Uma vasta dimensão
Em cada janela
Que se abre à visão
Nas suas múltiplas faces
Em que é construída
A sua infinita abrangência


Assim sendo
E perante a angústia provocada
Perante uma sociedade
Que sem qualquer protecção
Se tornou globalizada
E sem quaisquer regras
Ficou à mercê
De ser cada vez mais estropiada




Se por vezes penso
Que não tenho o suficiente
Nada devo fazer
Senão procurar o que preciso
Dentro de mim mesmo




Se algum sonho meu fracassar
E eu perceber
Que esse não passava
De mais uma fantasia
Terei que descobrir outro sonho
Que caiba na minha própria realidade


Se eu estiver angustiado
Inseguro
Perdido no marasmo pantanoso
Dos mais fatais pensamentos
Devo desligar-me totalmente
Dessa situação
Até encontrar de novo
O Lugar do Meu Centro



E acima de tudo
Nunca me deixar abalar
Pelos meus êxitos
Nem pelos meus fracassos
Pois o fluxo da vida
Transporta sempre os dois
Enquanto simples estados transitórios
E puramente temporários


É neste mapa
Que eu sigo o meu trilho


É nesta confluência
Onde em permanência
Emergem
Todas as minhas considerações


E é aqui
Que eu me deixo ficar


Pois Eu sinto


Que este Lugar



É cada vez mais




O Lugar do Meu Lar ….

























domingo, 12 de setembro de 2010

Tudo é Relativo ...







No embalo desta viagem
Preenchida por este som
Vislumbro cenários
Fantasias e caminhos
Criações e reconhecimentos
Que só a minha Alma faz



No embalo desta viagem
Descodifico cada timbre
Caixa de ressonância do meu silêncio
Onde encontro
Esse recanto mágico e único
Solitário do meu refúgio



Numa cadência abrupta
De novas
E incógnitas paisagens
Não tem sido fácil
Gerir o trapézio do meu lugar
Onde o equilíbrio
E a sabedoria adquirida
Se digladiam
Nas suas fronteiras
E nas suas diluídas margens



Desta minha montanha
Observo a imensidão
De outros topográficos relevos
Outras serras e montanhas
Trilhos e novas travessias
Que me estão
Assim destinadas



No recanto
Desse meu solitário refúgio
Eu escuto
O que os Mensageiros me dizem




E o que Eles dizem



É para deixar ir
Deixar fluir
Fluir
Fluir



Pois tudo é relativo
Tudo é substantivo
Que se sequencia
Com um qualquer adjectivo




E esses Mensageiros
Que ao longo deste tempo
Sempre me acompanharam
Em todas as caminhadas


A mim Me dizem



É que
Ao longo da história


De qualquer forma
Eu sempre completei





Todas as simples



E as mais complexas jornadas ….























domingo, 5 de setembro de 2010

Pigmentos da Percepção ...







Amigos do Além
Estou de regresso
Após este pequeno período
Onde da monotonia fugi
De mãos dadas
Com a minha Alma
Corri
E perante a tranquilidade
E o deslumbramento da natureza
Profundamente
Em alguns mágicos momentos
Eu Agradeci



Estou de volta
Já sentado na carruagem
Da rotina de cada dia
No movimento do trapézio
Na equação tentada
Permanente na busca
Inspirada no equilíbrio
Que na neblina densa
Até hoje me guia



Dizer que estou bem
Ou dizer que estou mal
Seria mentir
Na presença
Dessa luz longínqua
Que me chega das estrelas



Seria deturpar
Os pigmentos da percepção
Os trilhos e os caminhos
Das imagens provocadas
Pelo timbre de cada pensamento
Que dá cor ao embrião da emoção



Seria não reconhecer
A dimensão infinita da Existência
Que em cada esquina do tempo
Me instiga a procurar mais e mais
Me convence
Da singularidade das coisas
Que em cada momento
Toma a direcção
Inspirada pelo sopro do vento



Sinto-me assim
A meio desta viagem
Cujo destino ignoro
Não sei
Qual será amanhã o lugar
O cenário da eventual paisagem



Se será a diversidade
Se será o destino incerto
A possibilidade natural da decadência
Ou talvez
A pura e refinada excelência



Se será numa cidade

Na berma de um rio

Não sabendo nunca




Qual o lado designado
Da sua margem …