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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Nosso Fim de Semana ....


Chega-se a mais um
Fim de semana
E por enquanto
As horas passam
Lentamente
Mas chega-me
Neste consolo
Esta sensação plena
Deste desejo
Reconfortante


Mas sabes Amor
Quero desfrutar
A tranquilidade
De cada nosso momento
Quero no nosso espaço
Saborear
O aroma e a textura
De cada só nosso
Íntimo elemento


Sabes Amor
Escrevo isto porque
Bateu aqui agora
Esta vontade
Regada pela fonte
Desta minha saudade
De estar no conforto
Precioso
Da nossa intimidade


Eu sei
Que Tu sabes
Amor
Neste outro lado
Onde agora estou
Está o meu
Discernimento pragmático
Quando estou
Ao Teu lado
Está o meu Ser
Verdadeiro
Louco e lunático


É isso Amor
Estamos quase
Em mais um
Fim de Semana

Só quero

Sentir o conforto

Que a Tua presença

Em Mim
Sempre


Emana …..








Luis Sousa

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Resilência ....


Nestes dias
A disponibilidade mental
E a abertura do fluxo da inspiração
Têm estado condicionados
Aos elementos
Da minha vida quotidiana


Diria que têm sido dias
De pura revelação
Cuja observação e retenção
Das aprendizagens
Tem sido algo sofrida
Mas magnânima


Perante toda a envolvência
Dos factos e dos contornos
Deixo-me ficar pela
Resilência


Sim
Resilência
Que se traduz
Na capacidade individual
De suportar tensões
Pressões
Intempéries e adversidades


Resilência
Palavra chave que
Resume a essência plástica
Elástica
De me moldar
E de assumir formas
Mantendo sempre
A minha integridade

A Resilência
Está na proporção
Com que me adapto
Às estratégias de superação
Nos acontecimentos adversos
Com que me deparo
No traçado da minha vida


Decifrando
Educando e enriquecendo
Os elementos e fenómenos
Da minha psicoadaptação
Tento consolidar a cada passo
A minha resilência


Hoje em dia
A formação é necessária
Para todas as vertentes da vida
É também fundamental
Para a minha saúde mental e psíquica


Fomentar em mim
A produção de clarividência
Na forma como interpreto
Os acontecimentos
Que me envolvem
É na verdade
Um passo fundamental
Na preservação da minha protecção


Sou imperfeito
Vivo numa sociedade
De pessoas imperfeitas
Como tal
É cada vez mais importante

Deflagrar em mim

Sempre que necessário

Choques de lucidez

Em prol

Da minha


Resilência …..






Luis Sousa

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A um passo da história ....


Na viragem de uma página
Da história
Num momento único
Da civilização humana
Um afro-americano
Está prestes a conquistar
A presidência dos
Estados Unidos da América

Barak Obama !

Este é um homem culto
Com uma presença sólida
Com uma comunicação firme
Trazendo com ele
Uma mensagem simples

“Todo o Ser humano
É feito da mesma essência “

Vivemos um momento
Inigualável na história
De um País
Que nasceu na sombra
De um racismo segregacionista
Mas há que reconhecer que
Até ao presente
Foi o País que mais dignificou
A imagem
Dos seus concidadãos negros
No mundo inteiro


Barak Obama
Transporta a ousadia
Da Esperança
Que contagia jovens
Adultos e idosos
Artistas
Empresários
Trabalhadores
E gente anónima


Barak Obama
Ultrapassa as fronteiras
Da raça e da cor
Que outrora semeou a diferença
Na mente colectiva
De muitos Americanos


Barak Obama
Supera-se a si próprio
Sempre acreditando
Na elevação
Do lado positivo e genuíno
De cada Ser humano


Barak Obama
Sabe e conhece
A realidade da diferença
Mas tem a coragem
E a inspiração de valores
Que contagiam e transformam
O olhar dos homens
E os Princípios fundamentais
Que fazem mover
Todas as fronteiras


O Mundo extasiado
Vai observando esta corrente
Que arrasta jovens
Homens
Mulheres
Gente de todas as idades
De todas as origens
Neste sonho
Povoado de transformação
E mudança


A uma semana

A um passo da história

Também Eu sonho

Com essa


Esperança …..






Luis Sousa

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

No filme deste dia ...




Hoje
Não sei se escrevo
Neste vaguear da noite
Deixo-me ficar pela catarse
Que me invade esta dúvida


A verdade é que
O que por vezes
Me assalta a Alma
Pode chocar a beleza
De muitos olhares
Que aqui vêm


Hoje
Não sei se escrevo
Porque
Mais uma vez
O que vejo
Desperta em mim
Esquecidos
E velhos ácidos


Simplesmente digo
Que hoje
O silencio é sensato
Nada mais
Por agora digo
Porque hoje
No filme deste dia

O rebanho

Como sempre
Ignorante e
Vulgarmente comum

Me meteu
Mais uma vez



Imenso


Nojo …..








Luis Sousa

domingo, 26 de outubro de 2008

Acredita ...


No esfriado de cada noite
Sinto o aveludado
Da tua presença
Que a mim se chega
Trazendo
O teu suave calor
No contacto
Com a minha pele


És e serás
A Lua cheia
A áurea de luz prata
Que iluminará sempre
As montanhas que se erguem
Nos contornos
Da minha vida


Desde sempre
Este Amor
Jamais coube
Em qualquer fórmula
De medida
És em todos os momentos
Amante
Mulher
Companheira
Presença tonificante
De entrega incontida


Jamais houve
Jamais haverá neste mundo
Ou em qualquer
Outra galáxia
Alguém
Na minha observação
Que possa
De alguma forma
De perto ou de longe
A Ti se comparar


És a Minha Lua
O luar da minha rua
Que nas suas várias fases
Acalmas
Na esfera da Tua gravidade
Qualquer revolta provocada
Pelos ciclones
Da minha tempestade


Já aqui deixei
Outras tantas Palavras
Muitas mais certamente
Aqui deixarei
Porque me enche a Alma
Sempre dizer
Repetir sem fim
Gritar
Este Agradecer infinito
Por um certo dia
As rotas do destino
Contigo
Me terem feito
Cruzar



Acredita

Tenho
E terei sempre
Cascatas deste Amor
Para só Contigo
Partilhar

Tal como sei que

Entre Nós


Existe uma Alquimia



Impossível



De igualar ….







Luis Sousa

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Maravilhosa Viagem ....


Paz não é
Ausência de conflito

O conflito existe
E existirá sempre
Pois interagimos
Em permanência
Com os outros


Por vezes é difícil
Anularmos expectativas
Renunciando assim
As fórmulas de compensação
Que esperamos com base
Nos simples gestos


Paz não é ausência
De conflitos
Mas certamente será
Alcançar o estágio
De sabedoria que permite
Relativizar e reduzir
O efeitos dos mesmos
No contexto do falatório
Que acontece no nosso
Interior diálogo


O confronto é titânico
Se por um lado o hábito
Da resposta imediata
Do ego espreita
Por outro a sabedoria apreendida
Emite sinais de alarme
Na contenção e assimilação
Do discernimento


É importante e sábio
Reduzir ou anular
O interior diálogo
Pacificando e serenando
A dualidade da mente
Percebendo assim
A presença divina emergente


O silencio
É a única voz emergente
Mas desse silencio
Só vale
O que na realidade
Se sabe extrair dele


É absolutamente necessário
Acalmar e pacificar
O tráfego do diálogo interior
Que faz fervilhar de pensamentos
Obstruindo o salutar fluir do sentido


A mente humana
Equipara-se
A um complexo oceano
E assim considero
O oceano da minha mente


À superfície
Encontro a agitação
A turbulência dos ventos
Que erguem as ondas
Do diálogo frenético


A um nível
Um pouco abaixo
Ainda sinto
Alguma perturbação
Mas com menor impacto
Fazendo com que o interior diálogo
Tome um rumo
Mais condicionado e analisado


Mergulhando mais fundo
E no alinhamento pacificador
Constato a substancia
Da natureza espiritual
Onde sinto o fluxo da aceitação


Descendo nessa tranquila viagem
Observo o afundamento
Da consciência
E inicio o desfrute do silencio
Na profundidade da essência
Como também a tranquilidade
E a presença do divino


Neste seguimento
Chego ao leito profundo
Um lugar que se situa
Para além do sensorial onde
A mente se esvazia de
Qualquer pensamento
E de qualquer diálogo
Espaço esse onde se realiza
O silencio absoluto


Nesta introspecção
E nesta curativa
E maravilhosa viagem

É possível

Vivenciar e alcançar
A fórmula sábia
No Encontro da pureza
Da Paz


Anulando os efeitos corrosivos
Existentes na ponta dos espinhos


De qualquer



Conflito …..





Luis Sousa

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Dúvida,Crenças e Conhecimento


A dúvida
É constante e permanente
Nos diversos espaços
Da interacção

Algumas das crenças criadas
Há muito lançaram as sementes
Da interrogação e da dúvida


No estado de sonho
A dúvida não existe
Somos pureza e liberdade
Porque nesse estágio
Não existem limitações
Pois podemos ser tudo
Estar em qualquer lugar
Viver as mais loucas aventuras
Simplesmente porque
Estamos ausentes de
Quaisquer fronteiras racionais


Essa ausência de limitações
Vivificada no estado de vigília
Impregnada
Na nossa essência pessoal
É a semente para o encorajamento
E para o aprofundamento
Das nossas realizações


Existem crenças valiosas
Que provêm de
Sabedorias transmitidas
E que na conjugação
Do ser e do sentir
Merecem ser transformadas
Em Conhecimento


Transformada a crença
Em Conhecimento
Verificamos que esse
Resulta da experiência
Cujo verdadeiro significado
Vem de nós
Vem de dentro


Ao nos conectarmos
Com o significado que
Vem de dentro
Tomamos conhecimento
Com algo verdadeiro
E milagrosamente poderoso


Verificamos que
Somos portadores
De um poder imenso
Que vamos descortinando


Esse poder é multidimensional
Multifuncional
Influenciável
Curativo
E acima de tudo
Transformador


Com método
Com disciplina
Com vontade e determinação
Em conexão com o Conhecimento
Apoiado nas acções físicas correctas
Podemos manter a juventude
Rejuvenescermos fisicamente
Tornando-nos até mais atraentes
E prolongando a longevidade
Adiando desta forma
A decadência celular que transporta
A chamada velhice


Nessa conexão
Ao Conhecimento
E aliando estas
E outras premissas
Já mencionadas
Podemos agir
De forma directa
Na cura de enfermidades
E na cura de graves doenças


Temos o poder
De influenciar
O comportamento
Das nossas células
De projectar a realidade
Dos nossos
Mais vigorosos desejos


Sejamos assim
Aprendizes conscientes


Da possibilidade real


Dos nossos íntimos


Milagres …..





Luis Sousa

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Existem Trilhos ...




“Plantas, pedras, fogo, água, tudo está vivo ….
Elas observam-nos e vêem as nossas necessidades .
Vêem quando não temos nada para nos proteger,
E é então que se revelam e falam connosco …”

Palavras de um Sábio indio Americano .

***

Sempre tive uma paixão pela cultura Índia Americana ,
Porque para além de admiração e outras afinidades,
Sempre os considerei, pela forma Sagrada como sempre
Respeitaram a Mãe Natureza ….


A Natureza é fonte de partilha
De inúmeros Sinais
Que em nós convoca
Encaminhando-nos para zonas
De percepção únicas
Explorando de forma profunda
A nossa sensibilidade
E penetrando a nossa
Elevada Consciência


Todas as nossas intra e extra
Comunicações
Acontecem sob o pano de fundo
Da ordem natural do contexto das coisas
Revelando-nos considerações
Que a cada dia se demonstram
Poderosas na constatação e
Valiosas na assimilação


Existem trilhos
Experiências e caminhos
Aguardando só por nós
E assim que caminhamos
Sobre eles
Abrem-se paisagens
Portais e situações
Que nunca se abriram antes
E que jamais se abririam
A outro alguém


É nesse trilho
Que a cada momento
A cada passo
Pausadamente
Tudo se começa a manifestar
Nos filamentos a emergir
Sendo tudo apoiado
Pelos vãos da Natureza


Todos os estágios
São sinais de orientação
Quer seja na dor
Nas lágrimas
Na alegria vibratória
Na evolução conciliatória

A esses níveis
Renascemos a cada dia
Para uma nova vida


Tudo o que precisamos
Habita na assimilação
Constante e prudente

Reside

Na atenção e fluidez


Da Nossa


Consciência …..





Luis Sousa

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O Slogan ...


Quanto mais , melhor !

É este o slogan adulterado
Que nos incutem
Desde a mais tenra idade …

Ser o melhor na escola
Ser o melhor no desporto
Ser o melhor na carreira
Ser o melhor na competição
Ser o melhor em tudo
Pois quanto mais melhor !!!

Fomos conduzidos assim
Manipulados pelo molde associativo
A rumarmos por este caminho
Na azáfama impiedosa
Interesseira e gulosa
Na conquista vitoriosa
Produto da febre egocêntrica


Na construção mental individual
Desenvolveu-se o síndroma da
Consciência colectiva
De que para se ter valor
Aos olhos do colectivo
É necessário
Fundamental e indispensável
Querer sempre mais
E ser melhor !


Numa Era em que
Toda a utopia construída
Se fragiliza
E em que vigora
A tão flagelada pressão
Imposta na exigência
Irmã gémea da competição
Sendo que
Os segmentos que regiam
A qualidade da vida humana
Perdem a pouco e pouco
Os seus expoentes
Para uma cada vez maior
Induzida consciência colectiva
Que preconiza estes valores
Quanto mais
Melhor !


É este o lema
Independente
Do preço que se pague
Distanciado
De tudo o resto
A imagem é tudo
O veredicto sem regras
E a agitação desenfreada
Marca o relógio dos primeiros


Quem não corresponde
Ao perfil desta qualidade
Imposto pelos demais demagogos
Resta-lhes a dor
Em permanente combustão
Ou ser Corajoso
No sustento vigoroso
De cada opção


Nos inúmeros corredores
Deste mundo encruzilhado
E em ebulição
O que observo
Desperta a minha orientação
E o que escolho
Decididamente encontra-se
Na virtude genuína
Da simplificação


Simplificar
Simplificar
Simplificar
Será sempre
O salutar código em permanência
Na globalidade
Na preservação da Vida
Na manutenção da inspiração
Numa visionária actuação


A realização é abençoada

A acção é necessária


Mas jamais poderão ser

Carrascos

Dominadores da vida

Marcas
De qualquer


Obsessão …..






Luis Sousa

domingo, 19 de outubro de 2008

Sinto-me assim ....


Sinto-me assim
Tantas
Tantas vezes
Assim
Espreitando e observando
O lado difuso
Complexo e oculto
Das sombras que vagueiam
Nos corredores intermédios
Entre as estações e os apeadeiros
Que marcam cada paisagem
Deste meu tempo



Sinto-me assim
Por vezes
Não conciliado
Neste movimento
Vivendo entre a margem
E a utopia
Da minha miragem
Delineando os meus passos
Por estradas
Em zonas solitárias
Pedaços de um chão
Ausentes de nomes
Desertos e oásis
Que são
Terras de ninguém



Sinto-me assim
Fragmento desintegrado
Na proximidade distante
Do complemento alargado
Preso
Livre
Liberto
Na vertigem da minha alucinação
Estico a minha mão
Agarro suspiros de emoção
Os meus dedos
Transpiram pingos de histórias
Onde vivem olhares
Longe do selo da razão



Sinto-me assim
Por vezes dentro
De uma bola de sabão
Viajando numa outra dimensão
Sou estrangeiro
Viajante
Talvez expedicionário
Em qualquer aldeia ou nação
Topografando relevos
Registando dialectos solúveis
Refluxos que desenham mapas
Cartografias de sentimentos
Sinais de visões
Coordenadas de sonhos
Que podem nascer
De um qualquer
Nobre Coração



Sinto-me assim


Sempre dialogando
Algumas vezes gritando
Muitas vezes clamando



Neste silencio Meu


Que acontece


Por vezes



Em Mim …..









Luis Sousa

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Coreógrafos do Destino


Diria que
Ao longo dos tempos
E nos imensos diálogos
Já partilhados com tanta gente
Dos mais variados quadrantes
Onde por vezes emerge
Uma necessidade intrínseca
De aclarar e desobstruir
As ruas e avenidas
Dos labirintos da mente
Amenizar pensamentos
Restaurar emoções e sincronias
Algures no tempo sentidas
E outras tantas já perdidas



Na constância verifica-se
Que existe um elemento fulcral
Que sem querer
Determina os movimentos
Numa textura contextualizada
Emanada por cada pessoa
Que inevitavelmente deriva
De uma história pessoal
Cujo peso e suas amarras
Se entranham no reduto
Do seu passado individual



A insistencia em permanecer
Nesse constante recordar
Em muitos casos
Até mesmo venerada
Nessa contínua retrospectiva
Histórica e memorizada
Define os contornos
Que nos deixam cativos
Desse mesmo tempo
E que em grande medida
É o maior responsável
Por grande parte
Do sofrimento vivido
Em cada momento presente


Por vezes
Faz-se necessário
Isolar essa memória
No casulo do esquecimento
E viver de forma livre e vibrante
O dia presente
Encontrar o voo da liberdade
Ignorando pensamentos
E preocupações com o futuro
Deixá-lo entregue
A essa inteligência superior
Ou nas mãos de Deus
Ou como queiramos designar
Essa Entidade Maior
Buscando esse sentido único
De Ser verdadeiro e Livre



Pois ao invés de
Meros observadores
Somos companheiros
E fazedores do nosso destino
Ao contrário de dançarinos
Cujos passos dados
São derivações impostas e alheias
Conclui-se que
Neste processo permanente
É de vital importância
Transformarmo-nos
Em compositores e coreógrafos
Dos nossos intrínsecos apelos
E dos movimentos
Inspirados e singulares
Do nosso próprio bailado


No nosso interior
Existe uma
Capacidade transformadora
E inspiradora
Que não conhece
Limites nem fronteiras
É o Sagrado individual
Na sua expressão
Mais pura e verdadeira
Basta somente
Cultivarmos em permanência
O potencial nele latente
E outrora adormecido



Acreditar
Confiar sempre
Nessa melodia divina
Que nasce e flui
Na nossa
Mais profunda essência
É escutar as vibrações
Dos ecos sagrados
Que existem em nós
Criando sons
Despertando considerações
Projectando imagens
Polindo circunstancias
Palavras e ondulações
Que nos guiam
No sentido mais apurado
Da nossa Existência


Acreditar
É cultivar a Esperança

Confiar

É sentir o Poder
Da Orientação Divina


De cada Nosso

Interior


E Intimo Pulsar ….









Luis Sousa

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Descobrir a Mansão


A maior parte de nós
Vive limitado pelas
Condições emocionais
Que nos afectam

Parece que estamos
Sempre pendentes
Dos acontecimentos
Gerados pelos outros
Que acabam por nos confundir
E mergulhar tantas vezes
No oceano profundo
Do nosso sofrimento
E da nossa dor


Estamos habituados
E em grande parte
Resignados às fronteiras
Da consciência humana
Que normalmente conhecemos


Mas a verdade é que
A consciência humana
É como uma grande mansão
Ou uma grande casa
Com imensos quartos
E normalmente
Ao longo da vida
Ficamo-nos somente
Pelo domínio do quarto
Onde nascemos
Imbuídos dos seus limites
E das suas fronteiras


Por vezes
Tentamos sair desse quarto
Na intenção de acedermos
E passearmo-nos
Pelo resto da mansão
Empurrando a porta pesada
E blindada
Mas
Ela não se move


Na realidade
Para abrirmos essa porta
Antes mais teremos que
Rodar o seu manipulo
Interiormente
Para conseguirmos mover
E abrir a porta
Para uma consciência
Mais elevada do nosso Ser


Nessa atitude
Está subjacente que
Não será mais necessário ficar
No quarto
Dessa consciência primária
E quando tal acontece
Concluímos que
A direcção a tomar
É outra


Ao reconhecermos que
A direcção a tomar
É outra
Tomamos a decisão
De que podemos ser livres
Destas condicionantes
Que tantas vezes
Nos atormentam
De forma tão violenta


Sim
Podemos ser livres
Porque a liberdade
Que observamos
Está no poder instalado e
Na capacidade que dispomos
Em deixar o quarto da consciência
Onde sempre permanecemos
Desde que nascemos


Nesse quarto
Que tão bem
Já conhecemos
Aprendemos a lidar
Com os limites
Existentes na nossa vida


Ao descobrirmos
A imensidão
E particularidades
Dos inúmeros quartos
Existentes na mansão
Da consciência humana

Aprendemos que

A nossa Vida
Pode ter outros horizontes

Outras Fontes
De Aprendizagem
E Conhecimento


E assim sendo


Tem Possibilidades


Ilimitadas ……






Luis Sousa

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Total e Plena ....


Ela é assim
Bonita
Terna
Sabendo
E intuindo sempre
Cada minha dor
Cada minha alegria
Cada cor do meu sentido


Ontem
Uma angustia
Chegada do nada
Diria quase que
Premonitória
Embateu na susbtância
Da minha Alma
Talvez fossem fragrâncias
Da lua cheia
Ou ondas voláteis
Mas a verdade é que
Ela sentiu algo
Aproximou-se
E no seu verdadeiro gesto
Abraçou-me carinhosamente
Digo mesmo
Deliciosamente
Enroscando-se no meu corpo
Confortando-me interiormente


Ela
É assim
Especial e única
Sempre pronta a dar
Nunca
Em receber
Devoção máxima
Conciliatória
De Mulher plena
E sabiamente notória


Ela
É assim
A cada dia
Estou mais certo
Nascida para mim
Na sua lealdade
Na sua presença
Na sua ternura
Na sua apuradíssima
Sensibilidade


Ela
É assim

Total e Plena

Tal como

Eu um dia sonhei

Uma
Mulher


Para Mim …..






Luis Sousa

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Hoje ... Mais do que nunca


A cada jornada
A cada dia que passa
Maior é a certeza de que
Somos Guiados por uma
Expressão Superior de Inteligência
Qualquer que seja o nome
Que queiramos atribuir-lhe …


Na minha infância
A aquariofilia foi um dos
Entretenimentos que desfrutei
E que já aí me surpreendi
Com factos que na altura
Ultrapassavam a minha
Juvenil compreensão
Pois alguns dos factos
Eram Extensões Divinas
Expressas pela Natureza ….


Constatei que numa das
Espécies tropicais de peixes
De aquário que tinha
As fêmeas
Para sobrevivência da espécie
E após
O seu ciclo de fertilidade ter cessado
E quando atingiam uma idade madura
Transformavam-se
Em machos dominantes
E assim preservavam a continuidade
Das gerações futuras ….


Há tempos deleitei-me na leitura
De um livro
No qual encontrei algo de absolutamente
Fantástico e fabuloso
E que vai no seguimento do que
Em cima mencionei ….

Nas savanas africanas
Existe uma árvore de meio porte
Cujas folhas são um alimento suculento
Para os herbívoros que ali habitam …

Confirmou-se por estudos efectuados que
Essas arvores em períodos críticos
Provocado pelo consumo excessivo
Das suas folhas
E numa resposta
De sobrevivência da espécie
Comunicavam com as suas congéneres
A quilómetros de distancia
Avisando do perigo ….


Essas árvores distantes
Ao receberem esses sinais
De comunicação invisível
Produziam uma proteína
Que fornecia um paladar
Extremamente amargo às suas folhas
Evitando assim o seu consumo
Por parte dos herbívoros
Que delas se alimentavam ….


Quando a minha filha
Tinha cerca de 1 ano e meio
De idade
Estava ela comigo em casa
Na sala de estar …

Ela estava de costas para uma estante
Que ocupava uma das paredes dessa
Mesma sala ….

Inesperadamente uma das portas envidraçadas
Descolou-se do friso de madeira que a segurava
Sem fazer qualquer ruído ….

Nesse dia mais uma vez constatei
A Expressão Protectora Divina ….

A minha filha com a sua tenra idade
E sem ter havido nenhum sinal sonoro
Ou outro verificável no momento
Percepcionou o perigo iminente
E correu em frente cerca de um metro
Evitando assim o impacto …..


Foi algo
Verdadeiramente avassalador
Cujas palavras ficam longe
De poder exprimir
O que naquele dia senti e presenciei ….


Naquele dia o registo
De mais esse fenómeno
Testemunhado pela minha pessoa
No meu consciente germinou
O processo que iniciou
A minha atenção e abertura
Para a percepção dos subtis sinais
Da Superior Inteligência ….


Hoje
Mais do que nunca
Constato

Que de facto
Existem

Expressões do Divino

Que habitam
O universo comum

Da

Espécie humana ….





Luis Sousa

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vi um Sinal igual ....

Amor Meu
Ao ver esta imagem
Vi um sinal igual
Á luz do Teu olhar
Em que encontro a Verdade
Da cor do Teu Mar


É nesse Teu Mar
Que eu vivo
É nesse Teu Mar
Que eu me entrego
Num profundo mergulhar
E deixo-me serenamente
Afogar



Amor Meu
Isto hoje foi um
Repentino desejo
De Te dizer
Como é bom receber
Em cada dia o Teu Amor
Selado
Em cada Teu Beijo


Amor Meu
Sim foi repentino
Este meu desejo
Pois floriste no meu pensar
E neste impulso irrecusável
Fluiu este momento
Esta forma de Te dizer
Como é bom
Eu também Te Amar


Entre Mim e Ti
Não existe
Receber e dar
É uma fusão
De Amor
Companheirismo e Sentimento
Cujo registo
Estará certamente escrito
Numa tábua imaginária
De um qualquer Templo


É assim
Este momento
Sem pensar
Surgiu no meu firmamento
Acordaste por Ti
O meu Sentimento
Não podia calar-me
Perante este compulsivo
Chamamento


Só para terminar

O Amor
Que tenho por Ti
É mais profundo

Que

Qualquer Oceano

Ou que

Qualquer Mar …..





Luis Sousa

domingo, 12 de outubro de 2008

Paro e Pergunto-Me ....


Por vezes
No Chamamento
Que em mim escuto
Entre simplicidades
E complexidades que me chegam
Paro e pergunto-me



No meio
De um passado
Onde resistem
As grandes memórias
De vivencias únicas
Na infância
Na adolescência
Onde o meu embrião de adulto
Germinou as suas epopeias
E as suas peculiares histórias


Afinal
Quem sou Eu ?


Terei sido eu
Um Caminhante peregrino
Vestido de sonhos e ilusões
De bolsos rotos em suas vestes
Que em certos lugares
Inadvertidamente
Deixou cair sementes de paixões ?



Ou terei sido eu
A face irreverente de um Olhar
Que nas suas implacáveis incursões
Provocou tempestades e furacões
Abanou Almas e Corações
Deixando destroços
Expressões de lágrimas corridas
Sinonimo de dores e destruições ?


Afinal
Quem sou Eu ?


Julgo ser
Um humano simples
Nascido são
Crescido no confronto
Com a realidade
Tendo ficado algo ferido
Depois
Pelos anos fortalecido
Determinado a extinguir
Muitas das suas imperfeições



Na medida
De cada momento
Em cada fase
Deste tempo
Só pretendo
Paz
Saúde e Tranquilidade
O Amor
De quem me Ama
A Amizade sincera
De quem reconhece
As perspectivas diferentes
Na órbita desta esfera



Mas a verdade
É que a pergunta
Em mim persiste
Faz parte do Chamamento
Que de mim
Não desiste



Afinal
Quem sou Eu ?



Sinto-me
Ser um afortunado
Pela Graça e Gratidão
Que na profundidade
Da minha Alma eu sinto
Pela dimensão grandiosa
Das pequenas grandes coisas
Apesar de todas as dificuldades
Das dores e sofrimentos que
Na minha vida existem
E que perante o Universo
Que me encaminha e protege
Eu aceito o desafio sempre
E jamais
E em circunstancia alguma
Eu minto



Pois
Mais do que isso
É difícil responder
À Fonte do Chamamento
Que me envolve e me chama
Estou certo de que
Saberá compreender



Que nada mais sou
Que um
Simples Ser


Disposto
A observar a essência
De tudo em cada coisa


Para

Continuar sempre


Em Permanência


A


Agradecer ….








Luis Sousa

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Talvez .....


Entre o engano
E o desengano
Que culminam
Nas rotas de colisão
Fomentadas
Pelas experiências
Já vividas
Na dor e na desilusão
Carregamos os estigmas
Que em tempo incerto
Perfuraram o epicentro
Da pureza estabelecida
Das inocências
Em tempos perdidas


Talvez
Pelas circunstancias
Sejamos impelidos
A tantas distancias
Pois que
Na névoa
E na bruma
A dificuldade
É mais que uma
No reconhecer
De uma Alma de bem
Na prática
É Fundamental
Que o outro lado se abra
Na verdade também


Talvez o som
Dos meus passos
Se escutem
Numa qualquer margem
Ressoem e agitem
A água de um rio
Criando
Uma ondulação suave
Por vezes brusca
Crivada de questões
Que por vezes
Confunde e assusta


Talvez
O ar que transformo
Quando inspiro
Configure um código
Estranho ao comum
De acesso não fácil
Quando
Numa outra paisagem
Um desperto Ser
Concede um suspiro



Talvez
Ao caminharmos
Pelo estuário da Esperança
Sem nos darmos conta
Pisamos uma pedra no chão
Onde habita uma flor
Contendo brilhos florescentes
Em cada contraste da sua cor
Por vezes passamos
Não vemos
Não ouvimos nada
Por outras sentimos
O choro
Da sua dor



Talvez
Para nossa protecção
Os Deuses condicionem
A intensidade
A fervura
A ebulição
Dos fluidos movidos
Desse universo enigmático
Cuja fonte reside
No cerne efervescente
De cada emoção


Talvez
Seja hora

De


Em silencio


Declamar um Mantra

Numa sentida

Oração …..






Luis Sousa

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ser Livre ....


Não é fácil
Ser livre
E permanecer imune
À psicopatia colectiva
Do tresmalhado rebanho


Não é fácil
Ser livre
Mantendo um rumo
Distanciado
Das investidas dos esquivos
Que no caldo salubre
Da manifesta ânsia
E hipocrisia
Sem qualquer pudor
Se deleita
Tomando assim
O seu auspicioso banho


Na verdade
Não é fácil não
Ser livre
Num circo onde
A matilha dominante
Aglomerado
Por traiçoeiras feras
Dita as regras
De qualquer jogo


Neste circo sem sentido
A máxima
É a regra do vale tudo
O que importa é
O objectivo conquistar
Conseguir
Em frente seguir
Fazer o outro não pensar
Tornando-o assim mudo


Mas
Como pode alguém
Apagar as luzes
Do seu discernimento?
Jamais pode alguém ignorar
O seu sentimento
Essa raiz profunda
Que em permanência
Fecunda a essência
Do seu alimento


Apesar do fio
Que não se quebra
No trilho da permuta
Que traça a real conduta
Por vezes
Fica-se em perigo
De pelos humanos
Na generalidade
Se perder a compaixão


Não é fácil
Ser livre
Baixar o escudo
Guardar a espada
Acreditando
Na pura bondade
Que neste carrossel
Se reveste tantas vezes
De envoltos pigmentos
Da mais sinuosa maldade


Ser livre
Ser autêntico
Não se deixar
Pela mentalidade
Do rebanho subjugar
É pagar um preço alto
Próprio de quem jamais abdica
Da liberdade
Da sua independencia
Na intrangigencia
De qualquer submissão
Ou de qualquer vassalagem
Nunca prestar


Ser livre
É sofrer
Não vacilando
Sem nada dizer
É saber o traçado escrito
Pelos ventos
Ora puros
Ora cinzentos
Que trazem
As folhas do destino

Sem nunca se afastar

Um milímetro


Do Traço


Do Seu Caminho …..







Luis Sousa

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Renovação ....


A renovação acontece
Em cada fase
Do intimo movimento
É sempre
Um novo recomeçar
Um segurar novamente
Nessa constatação
É prudente parar


A renovação
É antes de tudo o mais
Reconhecer e aceitar
Saber interpretar
Notar
Que se este momento existe
É porque
Algo aconteceu
Moveu
Revolveu o fundo
Espalhou o sedimento
Há muito entranhado
Nada mais sendo este
Que um sinal profundo


Esse tempo é ouro
É prata
É dor que não mata
É mão dada
Sem se saber de nada
É o invisível chegando
Reconduzindo e mostrando
Outros trilhos
Com que se faz
Cada etapa
Nessa maratona
Sem limite
Sem hora
Da imensa escalada


A tristeza por vezes
É irónica
É amiga da clareza
Pois
Cria a necessária leveza
Nos gestos
Nas considerações
Nas essenciais assimilações
Desenvolvendo assim
Uma maior
Global destreza


Renovação é isso
Jamais é estática
É fluida e plástica
Não vive num ponto fixo
Renuncia ao hábito entranhado
Caminha e desagua
Noutras planícies

Imbuída
De novos conceitos

De novos sentimentos

Que nascem
Num lugar perdido


De cada

Coração …..





Luis Sousa

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Inexplicável Pedido ....


Na vertigem do dia
Neste intervalo do tempo
Tento traduzir por palavras
Algumas das minhas toadas
Que vibram como ecos
São como reflexos
De relâmpagos
Das minhas trovoadas


Uns chamam-lhe catarse
Até pode ser
Eu chamo-lhe desenlace
De um novelo escondido
Que aos poucos
Desenrolo na cascata
Da minha intimidade
Respondendo em silêncio
A um inexplicável pedido


Frequentemente
Na curva de cada palavra
Eu encontro
O deslizar de outros sentidos
No enclave
Daqueles singulares momentos
Em que se desfrutam
Prazeres únicos e desmedidos


Queria agora
Poisar na tua
A minha mão
Contar-te uma história
Que fala de lugares
Onde com o tempo esvaziamos
O caos do nosso vulcão
Aprendemos
Lentamente e devagar
A cultivar os mágicos sons
Que cantam
A nossa Eternidade


Pois
Falo em Eternidade
Porque aqui
Nesta deambulação menor
É demasiado importante
Potenciar a sensibilidade
Transformá-la
Num sentido maior
Cultivando assim

Cada vez mais


O fluxo da Serenidade ….






Luis Sousa

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Adoro esse Teu Jeito ....


Traço os passos
Das minhas pegadas
Nas calçadas decoradas
Neste rendilhado de betão
Situado no que se chama
Típica selva urbana
Delineada arduamente
Pela mão humana


Por opção
Escolho quase sempre
O traçado
Em que o meu Encontro
Se faz harmonioso
Entre mim
E os meus momentos
De solidão
Pois nem sempre
Estou disposto
A conversa de ocasião


Distancio-me da casualidade
Instigada
Pela sociedade do supérfluo
Defino prioridades
Transparentes e determinadas
No contexto
Das minhas escolhas simples


Agradeço ao Além
A presença permanente
Do sabor suave da tua pele
Dos carinhos
E desejos trocados
Dos beijos suculentos
Fogosos e molhados
Dos gestos de pura entrega
Com que brindas
O meu Ser


Sim
Sinto-Me grato
Pois tudo tem uma razão
E o que eu tenho
De modo nenhum
É pouco


Nutro-Me
Dessas simples coisas
Com infinito valor
Nessa ilha
Que em dias frios
Me aqueço
Com a brasa
Do Teu calor

Jamais isso
Poderá ser pouco

Sim
Sem dúvida
Adoro este Teu jeito


Para um homem
Como Eu

Um homem
Que prefere
Coisas Verdadeiras e simples


Certamente eu seja também


No meio desta selva
E de tudo isto


Talvez
Um tanto
Louco ….






Luis Sousa

sábado, 4 de outubro de 2008

A Linguagem do Espírito


Já há muito
Que a ponte atravessei
E assim tantas poeiras
Que invadem
As janelas desprotegidas
Eu fechei


A minha bandeira
Tem as cores do arco-iris
Do sol
Da terra
Do céu
E da Fonte
Que a Natureza bebeu



A única linguagem Verdadeira
Em que Acredito
É a linguagem do Espírito
Esse universo complexo e Sagrado
Que se exprime no seu
Mais profundo dialecto



Já há muito
Que atravessei a ponte
Cujo destino meu fica
Do outro lado do monte
E para trás deixei
O cheiro nauseabundo
Dos que se dizem vitimas
Mas não passam de
Vocacionados carrascos
Sendo assim carrascos
Cobardes e vergonhosos
Dos puros
Dos inocentes
Nas suas expressões intimas



A cada esquina da vida
Que esbarro numa máscara
Seja ela feita de plástico
Papel ou de barro
Sofro
Mas Agradeço
Agradeço porque
Esse é um sinal claro
Da prontidão do gatilho
Da minha atenção



A linguagem do Espírito
É a única em que
Verdadeiramente Acredito
Pois não necessariamente
Se expressa
Nos canais criados pela ordem humana
Quer escrita ou falada
Pois ela se situa numa outra dimensão
Numa frequência
De energia elevada
Que transforma o invisível em senso
Sendo possível o alcance
E o reconhecimento
Pela percepção apurada



Esta Sagrada linguagem
Comunica
Utilizando uma frequência
Subtil e espontânea
Apelando assim
Aos territórios
Das nossas faculdades superiores
Como o sexto sentido
A percepção psíquica
A clarividência
A acuidade espiritual
A telepatia
A revelação
A intuição
A delicada alucinação
E toda uma multiplicidade
De substratos
Cuja adaptação
É propicia aos elementos emergentes
No movimento subtil
Da ínfima sinalética


É neste território
Que a descoberta dos fenómenos
Outrora ocultos

Se torna
Fundamental
E plena


E é neste território

E é nesta
Sagrada linguagem


Que somente Reconheço
A natureza Pura


Da Minha




Viagem ….








Luis Sousa

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Teu Sorriso


Nada mais tocante
Nada mais encantador
Expressivo
E genuíno
Que um sorriso


Um sorriso
Tem o condão
De abrir as fechaduras
Dos portões ferrugentos
Das aparentes
Insolúveis defesas
E criar assim
Os alinhamentos necessários
Para o acontecer
De todas as possibilidades


O sorriso
Transporta o registo
De uma especial química
Uma poção mágica infalível
Que invade e transforma
O sub mundo dos afectos
E da espontaniedade


O sorriso
Cativa a atenção
Desperta a emoção
Delicia-nos na magia
Da sua sedução


O sorriso
Aproxima
Torna tudo mais simples
Mais humano
Criando uma atmosfera
Que possibilita a partilha
De todos os encantos


E com isto
Eu quero que saibas
Que o Teu sorriso
É lindo
Belo
Verdadeiro
Expressivo
E maravilhosamente
Sedutor


Hoje
Mais uma vez
Apetece-me dizer


EU TE AMO ….


= Dia Mundial do Sorriso =





Luis Sousa

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sensata Contenção ....


Perante a constatação
Já há muito descodificada
Assisto ao continuar
Do cair da máscara
Em cada acto
Em cada impulsividade
Carregado de arrogância
No vernáculo extremado
Do germe bipolarizado


O meu percurso
Vem de longe
Pelo seu conteúdo
Pessoal e intrínseco
Pede-me contenção


O meu rumo é outro
Não se revê nesse porto
Pois aí encontro
O mesmo do mesmo
Há muito visto
Rasgado e esquecido
O mesmo gene camaleão
A mesma simulação
Embrulhada em papel
Estrategicamente adocicado
De tão doce o engodo
Ficou enrijecido


Neste lugar
Não existe
Qualquer pretensão
Por isso não vive de aplausos
Nem aqui
Nem em lugar nenhum
Muito menos
Dos pseudo anais
Da interpretação


Este embrião teve inicio
Num outro lado do tempo
Quando na infância adolescente
Dedilhava uma viola
Comprada em segunda mão
E sozinho escrevia as letras
Que traduziam a utopia
Da minha canção


Hoje
É necessidade
É prazer
É paixão

É ritual
Da minha íntima Oração


Quanto ao resto

Fico pela contenção

O Caminho que trilho
É outro

E a aprendizagem
Nele contido

Pede-Me
Perante o que vejo

Uma sensata

Contenção ….






Luis Sousa

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Ternuras Invisíveis ...


Na curva
De mais um dia
Algo que não sei
Traduzir
Explicar
Perfumou a minha memória
Com uma lembrança
Numa frase de um livro
Que naquele momento
Eu lia


Deixo-me levar
Por esta indecifrável
Alquimia
Vagueio assim
Nos meus pensamentos
Sem encontrar explicação
Para fenómenos
Que ao longo do tempo flutuam
No oceano revolto
Da minha evolução


Tenho
Absoluta consciência
Da fragilidade dos dias
Da fragilidade dos laços
E de tudo o que envolve
A complexidade que leva
Ao momento clímax
De tantas magias


Isso dá-me
Uma observação própria
De um cenário global
Dos ciclos
Das estações do ano
Das dualidades que vivemos
No caldo quântico que nos chega
Nesta órbita em movimento



Existem coisas
Gestos genuínos
Frases belas com sons musicais
Palavras que ressoam no intimo
Ternuras invisíveis
Ao longo do caminho
Que em mim traçam marcas
De reconhecimento
E de profunda emoção


Por vezes
Nos momentos sagrados
Em que só somos
Nós e a solidão
Sentimos sinais
Que nos visitam

Querendo assim os Deuses

Dizerem-nos sempre


Algo mais ….





Luis Sousa