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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sentimentos






Sentimentos

Potenciais detonadores
Que explodem mares de condimentos
Que exalam aromas de felicidade
E se misturam com dores e lamentos


Sentimentos
Que alimentam o poder da expressão
Que envolve o ritmo e a aura do coração
E traduzem-se por zonas irregulares
Ausentes de espaço e dimensão


Perversa a dualidade
Contudo liberto a hipótese
De Alma avessa
Que vive para além
Da substancia espessa
Dos quadrantes acertados
E formatos estabelecidos
Flutuando
Vagueando
Nos confins das possibilidades
Das realidades pulverizadas
Por demais assimetrias


Com certeza porém
O magma que a contém
Deriva de uma equação não química
Produto de uma solução anímica
Que as palavras ainda não explicam
Poderá contudo
Ser uma opção também
Decifrar o espectro nela contida
Usando talvez a capacidade interpretativa
Desvalorizando neste contexto
A comunicação mímica


Por vários lugares visitados
Partilhando flores e rosas
Criaram-se regados gestos sublimes
Embrulhados em papel fantasiado
No conforto das mais belas prosas
Escolheram-se singelas
Pequenas
Mas coisas valiosas



Partilha sim uma febre
Talvez sim
Fervilhante e escandalosa
Que vive para além
Das margens do comum entendimento
Num lugar criativo não definido
De cores transparentes
Onde os pigmentos
São ideias munidas de pensamentos
Envoltos em intangíveis sentimentos



Esse desejo interminável
Que entre os dedos
Exaltam linguagens mudas
São como vagas de mar
Que vão e vêm
Deixando nos olhos que olham
Uma película
De aveludados sedimentos


A Alma sente assim
A linguagem do vento
Que chega de qualquer lado
De cima ou de frente
Escuta o murmúrio das vozes
O segredo das coisas
Que definem a espessura
Dos motivos que guardam em silencio


As palavras ficam
Canalizam
Conduzem
São veículos metafóricos
São expressões de tudo
De sentimentos e emoções
Independentes da cor
De qualquer resguardado véu

Fazem sentir os ecos

Das Estrelas que brilham


No firmamento
Sensível

De


Um qualquer Céu ….





Luis Sousa