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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Desabafo ....


Após sinais de fúria
No meu gesto
Consequências de
Reflexos de uma revolta
Na constatação
De mais uma ausência
De lucidez e de bom senso
Situação que por vezes se acerca
Fazendo com que a entrega
Se desvaneça e se perca


Se por um lado a força se faz
Na intenção para que tudo melhora
Por outro chega a displicência
Na calha da complacência
Que tantas atenções e regras ignora


O valor está sempre na acção
Na lógica da prevenção
Porque quem olha para mais distante
Tem a noção
Do quanto é indispensável
Evitar as consequências
De um qualquer eminente escaldão


Quem vê perto
Não sabe sequer
A diferença da noção
Pois prudência e ponderação
Não estão presentes
No movimento do pensamento
Que exerce a sua observação


Na realidade
É minha grande dificuldade
Na aceitação deste tipo de situação
Pois se tenho um lado meu
Onde o mundo abstracto é ligação directa
Ao apelo da minha criação
Tenho um outro lado prático e pragmático
Que se aplica ao lado mundano do dia a dia
Na aplicação de linhas mestras
E na defesa de regras que protejam
O bem estar e a segurança
De todos e de alguém


A mim mesmo me ponho a questão
O que fazer perante a displicência
E a inconsciente complacência ?

Tomar uma posição
Levantar voz
Confrontar
E exigir sobre a situação
Uma maior atenção ?

Ou então
Na preservação da minha harmonia
Da minha tranquilidade
Esvaziar-me de responsabilidade
E ausentar-me de uma parte da realidade ?



Quero-me preservar
Pois é por demais importante
Distanciar-me do mundo das tensões
Mas não sou homem para me ausentar de algo
Quando em mim sinto pulsar
Uma importante responsabilidade

Ora aqui está
Uma grande dualidade ….


Reconheço em certas situações
O meu baixo grau de tolerância
Mais ainda quando
A displicência e complacência
Se tornam frequentes
Pois cada pessoa
É um Ser individual e pensante
Isso só pode significar
Mais responsabilidade na atenção
E um apelo maior à coerência actuante


Procuro o Caminho da minha Paz
Busco o traçado da minha Tranquilidade
Daí
O pleno reconhecimento
De que a aprendizagem será sempre infinita
E eu sou e serei sempre
Um humilde mero aprendiz
Na generalidade da substancia
Principalmente na essência
Da aceitação e da tolerância
Perante o que me vai acontecendo
E por tudo
O que o Universo me diz



Desculpem-me
O gatilho deste espartilho
A fazer eco neste espaço


Mas isto hoje

Nada mais é que


Um simples

Desabafo ….







Luis Sousa