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sábado, 20 de setembro de 2008

O Meu Grito ...


Aqui sentado
Na tranquilidade deste espaço
Deixo-me mergulhar nesta vibração
Que vem da claridade do meu Espírito
Serenamente me deixo esperar
Por estas vagas que vão chegando
Profundas e calmas
Que assim envolvem lentamente
Com a mansidão de um véu de luz
Este meu grito que resiste
E este nó na minha voz
Que por vezes ainda persiste



Este meu grito
Que em tempos idos
Passados e antigos
Estava frágil e mudo
Por falta de adubo
Mas depois
Com o abrir dos tempos
E com a imensa chuva
Transportada pelos ciclones e eventos
O embrião transformou-se
E dentro de mim
Revolucionou tudo


Com a aquisição dos elementos
Que chegaram tranquilamente
De inúmeras formas
Na interpretação consistente
De muitas desordens
E então subitamente
Eu parei
Olhei
E observei
Senti que era chegado o momento
Deste profundo chamamento
Intimo e pessoal
Nada igual
Ao que até então
Eu tinha conhecimento



Esta minha voz aqui está
Continua na sua resistência
Viaja na sequência da persistência
E observo que o mundo vai indo
Parecendo até que
Em qualquer hemisfério
Em qualquer estação do ano
As árvores têm flores
Flores de tantas cores
Cujas folhas crescem
Envelhecem ao longo do ciclo
E vão caindo


E neste meu grito
Existem momentos
Que eu não sei bem
Qual é a consequência
Entre o objecto
E o eco na distancia
Sei sim que
Acalma a minha Alma
E anula a minha ânsia
E porquê ?
Só por isto ...


Minha Voz
Por vezes é surda

Meu Olhar
Muitas vezes é mudo


Meu Grito
Quase sempre


É tudo …..








Luis Sousa