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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Xeque Mate



No mundo dos humanos
É sabido que
Os cabos que dobramos
Podem ser declives nublados
Fruto de imensas
Vontades egoístas e tiranas

No mundo dos humanos
Apesar dos valores e princípios
Que possamos defender
Jamais é permitido
Viver na inocência

Xeque mate
Palavra chave da
Ambição frequente
Viciada tentação
Que desfigura
Toda e qualquer razão
Nos gestos e acções
Teatros legalmente instituídos
Aplaudidos e programados

Numa sociedade
Cada vez mais isenta
De qualquer valor
Onde fica a bondade
Onde fica a justiça
Da palavra Verdade ?

Da ignorância à ganância
Da exploração ao explorado
Tudo se permite
Neste caldo coalhado
Pois o coração
Não está no seu lugar
Fugiu definitivamente
Para qualquer outro lado

No mundo dos humanos
Apura-se
A arte do camaleão
Decora-se
A máscara que encobre o fraco
Pois tudo se rege na sombra
Sombras do opaco

Os paraísos só se constroem
Em lugares restritos
Onde a confiança possa existir
Onde a alma se condensa
Onde a mente se eleva
E aí descansa e assim não pensa

Em outros
Comuns lugares
O mesmo de sempre
Todos os lances são pensados
Planeados e elaborados
Para a “glória” letal

Do Xeque Mate


Fatal ….