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sábado, 4 de outubro de 2008

A Linguagem do Espírito


Já há muito
Que a ponte atravessei
E assim tantas poeiras
Que invadem
As janelas desprotegidas
Eu fechei


A minha bandeira
Tem as cores do arco-iris
Do sol
Da terra
Do céu
E da Fonte
Que a Natureza bebeu



A única linguagem Verdadeira
Em que Acredito
É a linguagem do Espírito
Esse universo complexo e Sagrado
Que se exprime no seu
Mais profundo dialecto



Já há muito
Que atravessei a ponte
Cujo destino meu fica
Do outro lado do monte
E para trás deixei
O cheiro nauseabundo
Dos que se dizem vitimas
Mas não passam de
Vocacionados carrascos
Sendo assim carrascos
Cobardes e vergonhosos
Dos puros
Dos inocentes
Nas suas expressões intimas



A cada esquina da vida
Que esbarro numa máscara
Seja ela feita de plástico
Papel ou de barro
Sofro
Mas Agradeço
Agradeço porque
Esse é um sinal claro
Da prontidão do gatilho
Da minha atenção



A linguagem do Espírito
É a única em que
Verdadeiramente Acredito
Pois não necessariamente
Se expressa
Nos canais criados pela ordem humana
Quer escrita ou falada
Pois ela se situa numa outra dimensão
Numa frequência
De energia elevada
Que transforma o invisível em senso
Sendo possível o alcance
E o reconhecimento
Pela percepção apurada



Esta Sagrada linguagem
Comunica
Utilizando uma frequência
Subtil e espontânea
Apelando assim
Aos territórios
Das nossas faculdades superiores
Como o sexto sentido
A percepção psíquica
A clarividência
A acuidade espiritual
A telepatia
A revelação
A intuição
A delicada alucinação
E toda uma multiplicidade
De substratos
Cuja adaptação
É propicia aos elementos emergentes
No movimento subtil
Da ínfima sinalética


É neste território
Que a descoberta dos fenómenos
Outrora ocultos

Se torna
Fundamental
E plena


E é neste território

E é nesta
Sagrada linguagem


Que somente Reconheço
A natureza Pura


Da Minha




Viagem ….








Luis Sousa