Arquivo do blog

domingo, 6 de dezembro de 2009

Na Busca de Algo ...







Nestes diferentes tabuleiros
Em que decorrem os lances
De uma qualquer existência
Com a aquisição de parcelas
De uma qualquer experiencia
Há momentos em que se observa
Uma certa ausência
Quando na pura inocência
Julgávamos ser somente
Uma possível coincidência


Assim nesta imersão
Fruto da espuma destas ondas
De onde fervilham bolhas de ar
Contendo tantas e imensas dúvidas
Posso acrescentar que
Nada é assim tão simples
Pois os tons se mesclam
Nessa tela imensa e difusa
Onde as cores se misturam
E assim se observa que
O azul não é puro
O branco não é branco
O preto não é preto
E a verdade desfalece
Entre a quase certeza
De alguma coisa
E a aventura da mentira



Isto são pedras residuais
Das vagas ilusões
Onde ainda restam
Algumas pinturas
Criações alucinadas
De outras
Desmedidas aventuras
Pigmentadas de ideias
Segmentos de recta
Linhas
E outras curvaturas



Mas neste vai e vem
De gargalhadas coroadas
De excessos e cores
Algumas dores
Tristezas e lágrimas
Sorrisos e outras solturas
Consciencializo-me
Da textura da pauta
Papel reciclado
De outras partituras
Que assim se demonstram
Quase fatais
Contra face da moeda
Cara ou coroa
Simbolismo e rituais
Dos fantasiados
E outras tantas
Vivencias circunstanciais



Mas talvez se veja
Que a curva do horizonte
Se acentua
Quando em contemplação
Imagino como será
O lado escuro
E escondido da lua
Mas nunca esquecendo
Que aqui deste lado
Onde o real se abate
Sobre gente como nós
Espalhando a agua
Dos pingos da chuva
Tudo se altera e muda
Até naqueles momentos
Em que aprecio o doce sabor
De uma esverdeada e limpa
Carnuda uva



Pois é
Por vezes o que penso
Submerge e entranha-se
Numa tela branca
Onde os sentimentos
Emoções aleatórias procuram
Uma ou outra razão
Plena de substancia e cor
Vontade persistente e extrema
Desta minha contínua
E perpetua cor
Por vezes salpicada de dor
Que já se perde no tempo
Nascida algures
Na distancia longínqua
De um qualquer momento



Diria que

Talvez

Na busca de algo


Atravessei um qualquer pântano


Deixando a marca
Da minha pegada


Vigorosamente gravada


Algures


Naquele sedimento ….