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domingo, 31 de janeiro de 2010

Há dias Assim ...







Se nas tempestades
Nas contradições
Nos reveses
No amargo acre
Onde existe a dor
E no vazio onde existe
A ausência de cor
Na consciência do real
Procuro assim
Talvez por uma brisa
Com um sabor especial
Talvez por uma paisagem
Que me faça acreditar
Talvez por uma curva qualquer
Que me deixe uma sensação
De bem estar



Porque do muito
E de tudo o que tenho
Tem dias
Que me perco de tudo
Que me abstenho
De qualquer sentido
De qualquer rumo

Por vezes pergunto-me
O que é isto
Mas não sei
Talvez seja um outro lado
Mais oculto de mim
Essa essência minha
Longínqua sem fim
Procurando por algo
Talvez por um sinal
Um sinal Especial
Quem sabe até
Como na sabedoria ancestral
Por entre os montes
Por entre as escarpas
Revelações por sinais de fumo



Eu sei
Eu sei que sim
Que o mar vai e vem
Que depois de um dia
Vem outro dia
Onde os jogos de luz
Têm uma tonalidade diferente
Onde as conexões
Do meu pensamento
São envolvidas
Por um abraço mais quente

Onde os meus passos
Acontecem
De modo mais consistente
Onde o meu olhar
Capta brilhos e cores
De uma forma que irá fazer
Este dia de hoje ser
Distante e inexistente




Mas há dias assim

Que me deixam assim


Que me largam por aqui


Neste estar assim





Só de corpo presente ….