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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Confluência Deliciosa ...







Sou sensível
Como a ignição
De um simples fusível
Sou imperceptível
Aos olhares do mundo exterior
Nesta energia que se cria
Na dimensão desta implosão




E sou invisível
No abismo desta perdição
Com que desfruto
Cada especial momento
Desta confluência deliciosa
Preenchida pelo aveludado
De tão singular
E tamanha beleza




Sou sensível a aquelas
Pequenas grandes coisas
Que compõem
A complexidade deste palco
Em que cada acto espontâneo
É provocadoramente divisível




Nesta substancia tendenciosa
Em que me entrego
Na fantasia destes elementos
Cuja linha que contorna e emoldura
É silenciosamente maliciosa
Resta-me então esta sensação
De desporto radical
Pára-quedismo
Queda livre
No espaço vazio total
Desta efervescente condição





Assim descontamino
A engrenagem do sistema
E a jusante alivio
A cota desta barragem
Com que deixo fluir
A rotina do dia a dia
Sabendo sempre que
Está para breve
O clímax vibrante
Com que se reveste
Cada pingo
Desta saborosa magia





Por vezes
Pareço regressar
À minha infância
Pois existem momentos
Em que quando estou só
Pareço brincar
Com os elos articulados
Dos meus pensamentos



Assim com eles
Construo veios
Caminhos e estradas
Imagens
Verdadeiras e imaginadas
Onde acontecem
As nossas mais loucas divagações
Viagens
Extra-dimensionadas





E com tudo isto


Tento fazer e cumprir


Seja qual for a escalada


Conquistar assim
Cada desejado espaço




Nesta viagem continuo
Insisto e persisto



E assim ... não desisto ….