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domingo, 6 de setembro de 2009

Cadências Térmicas ....




Esta forma de ver
Nesta transmutação que consigna
Expressão profunda
Que emerge na leveza
Que dá sentido
À emoção que vibra
Dando vida a cada cor
Arco-íris
Sindroma metamorfósico
Que faz a catarse
Entre a alegria e a dor



Palavras
De concessão e alforria
Libertação plena
Asas de albatroz que
Na frequência certa
Sintonizam
Cadências térmicas
Fluxos
Vibrações e vagas
Impulsos de energia
Que projectam ficções
Ecos polvilhados
De subtilezas e magia



É nessa plenitude
Que vive o sonho
Fruto da coragem
Dos viajantes da utopia
Visionários
Compulsivos criadores
Que vivem na dualidade
Entre a escrava razão
E a infinita dimensão
Das escaladas
Das montanhas do desejo
Cujas escarpas são íngremes
Ravinas
Onde reside a tentação
E de todo um universo
Onde convivem sentidos
Espuma da emoção
E toda aquela humidade
Que alaga e irriga
A boca que conhece
O prazer da degustação


Tocar esse suave
E sublime algodão
É lançar sinais
Roteiros marginais
Nesta imensa vastidão
Onde magos
Dançarinas e coreógrafos
Das mais diversas peças
Se deliciam com
Castas desse fruto
Suculento
Que absorvem e espalham
Em seus espiritos e aveludados corpos
Esse óleo transformador
Milagroso
E cobiçado unguento



Em Almas
De sensos sensíveis
Tais cadências térmicas
Servem de lastro
A cascatas de fantasia
Cujas quedas se revêem
No mais inusitado momento


É tempo e hora
De absorver inspiração


Na vertigem da eloquência


Libertam-se aromas das palavras


Preenchem-se espaços
Oásis da criação


Com tonalidades várias


Predestinados a serem


Pedaços e elementos
Alheios da razão




Hóstias partilhadas


Nutridas
Do mais rico alimento ….