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domingo, 30 de agosto de 2009

A Brisa do Vento ...







Nunca estamos preparados
Para as surpresas do tempo
Mas sabendo que
Tudo se concebe na simbiose
Que se produz em calor lento
Chegando aquele momento
Em que uma parte de nós
Pedaço ou fragmento
Já dispõe dessa tal essência
Dessa resina que
Envolve o filamento


O desígnio da palavra
É como o rasgo
Que sulca e lavra
Que sedimenta e aduba
Em parceria e cumplicidade
Com o molhado da água
Na aridez da terra
Que não se contém
E se alastra sem medo
Ao longo da crosta
Até ao mais alto penedo


Mas é preciso cuidado
Colocar
Na atmosfera do ar
Essa vibração
Sentido que nasce da palavra
E se faz pensamento
Transformando
O vazio do nada
Em raciocínios e composições
Colorindo a noite e o dia
Resultados evidentes
Dessa pujante energia



No horizonte
Desse invisível traçado
Está previsto
O encerramento de um ciclo
Deixando que
O movimento das ondas
Transformem
Reciclem
Renovem
Abrindo assim os portais
A um novo fascículo
Brisas de um novo ar
Onde o novo
Terá seu espaço assegurado
Para emergir e se manifestar



Confiar sem medo
Na capacidade genuína
Que cada um tem de observar
De aprender
E de se ensinar a si mesmo
Nos vários oceanos
Onde cada navegante
Se rege por diferentes padrões
Onde se escolhem referências
Sinais no universo
Registados
Em antigos pergaminhos
Perfumados linhos
Coberturas e adornos
Para as demais funções



Despertar a clarividência
Reconhecendo
A brisa do bom vento
Ajudando-a
A chegar ao seu destino
Protegendo-a ao longo do caminho
Fazendo tudo para ajudá-la
A aconchegar-se em nós
Entranhando-se na pele
Sedimentando-se
Envolvendo-se como se fosse
Um ajustado colarinho


Como diz
Aquela máxima

Quando se deseja
Verdadeiramente


Todo o universo conspira

Para que

Tudo aconteça


Desde

O metabolismo da célula


Passando


Pela receptividade do Espírito



Tornando tudo


Mais evidente ….