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quarta-feira, 11 de março de 2009

Deliciosas ausências ...


Por vezes
Quando estou
No meio da multidão
No completo anonimato
Sinto-me deliciosamente livre
Tal como
Um bicho do mato


Ainda hoje no meio
Dessa mesma multidão
Que fervilhava
Na confusão citadina e urbana
Simplesmente sorri
Pois veio à minha mente
A tua bela e sensual imagem


Nesse momento
Perdi a noção do tempo
Esqueci a sensação no meu rosto
Da força do vento
Pois naquele instante
Viajei no meu pensamento
Até ao âmago
Do nosso filamento


Assim estive eu
Por largos momentos
Ausente de tudo
Do ruído urbano envolvente
Alheio
Sorrindo
Recordando pedaços
Só nossos
Imagens tuas
Poses nuas
Soltas na harmonia
Do nosso conforto
Espontâneas no recanto
Simples e mágico
Da nossa liberdade


Recordei vincadamente
Aquela tua imagem
Em contra luz
No vão da nossa janela
No contraste das cores
Realçando os teus tons
No brilho acetinado da tua pele
E nas curvas e formas
Desse Teu corpo
Que só de recordar
Me deixavam louco


É assim
Por vezes viajo no tempo
E estou contigo
No mais inesperado momento


São estas minhas
Deliciosas ausências

Que trazem
Aos meus dias

Uma tonalidade especial


E um tom saboroso


De alento …..