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segunda-feira, 9 de março de 2009

As Nossas Mãos ...


Sou assim como que
Viajante que deambula
Entre a realidade da superfície
Que o dia a dia me obriga
E a profundidade
Calma e tranquila
Das minhas intimas escolhas


A adrenalina
Que em medida certa
Percorre os espaços laborais
Das minhas acções
Implementando
Sempre no melhor sentido
As minhas decisões
Contrasta
Com aqueles momentos
Em que estou somente
Eu com eu
Na abstracção voluntária
Dos meus pensamentos


Num outro horizonte
Completamente
Distante e diferente
É quando estou contigo
E desfilamos
Pela orla do caminho
Nas conversas
Aleatórias e consumadas
E em carinhos que trocamos



Nesses singulares momentos
Adoro sentir
O calor das nossas mãos
Os meus dedos
Nos teus aconchegados
Que se beijam
Como que
Fazendo amor entrelaçados
Num ritual macio
De mãos e dedos enamorados
Em que tudo é
Maravilhosamente perfeito
Por vezes acontecendo
Que não sabemos
Quais são os teus e os meus


Na verdade
Nos vários cenários
Dos meus variáveis mundos
Sou viajante que deambula
Entre a realidade de outros
E as escolhas que são minhas
Nesta constante permuta
Entre o universo das obrigações
E a liberdade e a utopia
Dos meus desejos e vontades


Mas quando
Desfilamos juntos
Na orla do caminho

Tudo se transforma
Tudo se renova

Encontram-se
As nossas mãos

E o ritual acontece


Numa tranquilidade serena



De Amor
E muito
Muito Carinho …