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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016



(…) Corríamos e saltávamos por cima do capim, olhávamos para o horizonte, e ele era uma linha lá longe feita de cores, tonalidades e brilhos.
Éramos pássaros de asas leves e livres, preenchidos de uma substância cujo nome não sabíamos definir, mais tarde soubemos, chamava-se magia, ela era tanta, tão intensa e transbordante, tanto quanto a gente corria.
Conhecemos o azul mais azul de todos os céus, o avermelhado mais extasiante de que qualquer outro sol poente, as areias brancas e finas peneiradas pelo vento, e aquele cheiro intenso, a iodo do mar, que invadia de sabor o nosso respirar, e isso, despertou em nós o início de uma viagem, uma viagem silenciosa que nos agarra e se prolonga pelo tempo, povoando os poros mais recônditos da nossa alma, concedendo uma única certeza, a de amar verdadeiramente, aquele único lugar.


Luis de Sousa in excerto de “ Mil e uma estradas “