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domingo, 14 de março de 2010

Invulgar Alquimia ...







Esta simbiose
Entre a flutuação da melodia
E a sequencia
Dos vários níveis da emoção
Que nos distintos
Ambientes pictóricos
Da imaginação
De forma sublime
Invade e irradia



Esta invulgar alquimia
Esta vertigem
Que se sente a magia
Mas nunca sei o lugar
Da sua
Verdadeira origem



Esta forma singular
De tocar
A neblina da madrugada
Na sua linguagem oculta
Tecendo as linhas
Talvez de linho
Quem sabe
Talvez de seda
Que irão aconchegar
Proteger
A cromatografia
Os capítulos
Os segmentos
Partilhados e lentos
Que fazem a história
De cada dia



Esta forma
Difícil de traduzir
Difícil de explicar
Na alternância dos planos
Deste estar no mundo
Como se estivesse fora dele
Escutando sons
Filtrados pelo tempo
Esculpidos pelo abstracto
Ampliados pelo silencio
Em que se pensam imagens
Palavras
Sentimentos
Emoções e tantas coisas
De cadencia despojada
Ou de intensidade excessiva
Mas sempre enquadrados
Numa interioridade
Sempre extraordinária



Essa forma
Essa linha
Essa curva
Essa espécie de vibração
Composta por uma melodia
Diria ancestral
Que existe em cada Ser
Som base e primordial
Que sem o perceber
Sabe-se reconhecer
Impresso nos genes
Que accionam o arquivo
Da memória dos homens
Lugar esse etéreo
Extensão sublime
Dos ecos das pedras
Ofuscados
Pela humidade indecifrável
Dos lugares ermos
Desconhecidos
E dos abismos



Nessa conjugação
Cuja exploração se torna
Quase divina
E subjectivamente histórica
Observar e escutar o mundo
Observar e escalpelizar os gestos
Purgar os protestos
Racionalizar e reinventar
Novos lugares
Para novos momentos
Para depois os desfrutar
Os repetir
Com tonalidades diferentes
Revelando emoções
Renovando
Inspirando sentimentos



Nesta difusa ondulação
Permanece a tentação
De conseguir
Iluminar os sonhos
Sem alterar a vibração
Sem comprometer
A respiração cósmica
E sem dissipar a claridade
Do universo
Que nos envolve
Que nos direcciona
E sabiamente nos guia




Talvez seja essa



A ilustração


A libertação


A mais pura realidade




Imbuída



Da Mais Nobre Fantasia ….