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quinta-feira, 19 de maio de 2011

A cada dia ...




Quando
Na esteira do tempo
Em certa curva
De um determinado momento
Sem me dar conta
Eu paro
E na Luz ténue da consciência
Eu me apercebo
Como tem sido vazia
A vaga da minha fantasia


Quando
Na pausa de um olhar
Eu reconheço
O cimento e o betão
Das paredes
Das condicionantes
Das preocupações irrelevantes
Com que me confronto
Nas obrigações de cada dia


Quando busco o prazer
Esse dom pleno
Que deve preencher o lazer
E ele teima e não vem

Quando procuro o rumo certo
Esse raro e precioso Caminho
Que me faça sentir mais perto

Quando sinto
Que esta realidade
É assim
Feita de tantas teias
Cujo destino é tão frágil e incerto


Algo em mim acontece
Algo em mim
Cristaliza e entorpece
Pois apesar de tudo o que tenho
Ao pé de tudo isso
Nada me envaidece


Assim estou
Nesta frequência sem registo
De experiencias experienciadas
De idas e voltas alargadas


Assim estou
Correndo em cada dia


Tentando esquecer a monotonia

Tentando vencer a realidade



E essa sua

Implacável hegemonia ….