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sábado, 12 de junho de 2010

Luzes Fugidias ...







Não sei como têm sido
Todos estes dias
Nem sei como
Tenho eu resistido
Às vertigens
Dos abismos provocados
Pelos raios
Dos meus pensamentos
Cujas luzes são tão fugidias



Encontro-me
Num lugar
Cujo nome desconhecia
Encontro-me
A caminho de qualquer coisa
Ignorando por completo
O relevo e o tempo
Desta travessia



Hoje
Deixo-me ficar
Na expectativa
Aguardando por algo
Talvez sagrado ou superior
Ou então algo
Que inunde por completo
Este meu espaço interior



Hoje
Vivo entre a nascente
E o rio que segue
Rumo ao poente
Hoje
Por mais que pense
Nunca sei
O que se esconde
No dia a dia
No seu ritmo
Irreversível e cadente



Hoje
Só sei que

Existem desígnios


Escritos no tempo


Acontecimentos
Letras
Sinais e símbolos



Talvez
Guardados há muito




E prontos a eclodir






Em Vários Domínios ….