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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sensata Contenção ....


Perante a constatação
Já há muito descodificada
Assisto ao continuar
Do cair da máscara
Em cada acto
Em cada impulsividade
Carregado de arrogância
No vernáculo extremado
Do germe bipolarizado


O meu percurso
Vem de longe
Pelo seu conteúdo
Pessoal e intrínseco
Pede-me contenção


O meu rumo é outro
Não se revê nesse porto
Pois aí encontro
O mesmo do mesmo
Há muito visto
Rasgado e esquecido
O mesmo gene camaleão
A mesma simulação
Embrulhada em papel
Estrategicamente adocicado
De tão doce o engodo
Ficou enrijecido


Neste lugar
Não existe
Qualquer pretensão
Por isso não vive de aplausos
Nem aqui
Nem em lugar nenhum
Muito menos
Dos pseudo anais
Da interpretação


Este embrião teve inicio
Num outro lado do tempo
Quando na infância adolescente
Dedilhava uma viola
Comprada em segunda mão
E sozinho escrevia as letras
Que traduziam a utopia
Da minha canção


Hoje
É necessidade
É prazer
É paixão

É ritual
Da minha íntima Oração


Quanto ao resto

Fico pela contenção

O Caminho que trilho
É outro

E a aprendizagem
Nele contido

Pede-Me
Perante o que vejo

Uma sensata

Contenção ….






Luis Sousa