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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Eu, criança
Em criança, inventava odisseias
Contemplava o céu
Na cinza das nuvens
Emergiam
Contornos de deuses
Tecia viagens
Via miragens
Era sopro
Suspiro leve de vento
Assim eternizava
O lastro
Do meu tempo
Depois,
Edifiquei o corpo
Somei idade
Caiu a inocência
Daquela liberdade
Agora,
Nestes dias que já são outros
Ainda guardo na mão
A eterna ranhura
Aquele feixe de luz
Que me inspira
Luis de Sousa in “ Eu, criança “
Em “ Poemas rasgados “