Viajo na convulsão
Da beleza
Afundo-me no turbilhão
Da incerteza
Caminho na fusão
Das correntes da emoção
Onde sempre encontro
Sinais de orientação
Deixo-me arrastar
Pela sedução e leveza
Entrego-me na singularidade
Das sensações harmonizadas
Que traçam os relevos
Das paisagens
Por mim criadas
Sou pigmentação
Em fotossíntese
No vazio da luz
Sou detalhe marcado
De um sopro veiculado
Por um pensamento
Que não se traduz
Perco-me nos vales
Deixo água
Da minha boca
E marcas de mim
Em esconderijos de ti
Que me deixam sempre
Entre o muito e o pouco
Sou assim
Por vezes
Longe e distante
Sensível e lúcido
Na fronteira que marco
Entre mim
O meu mundo
E o universo dos outros
Quero entender mais
Porque saber
Não será pouco jamais
Vivo em sons musicais
Sento-me na beira da estrada
Penso e admiro a criação
Das elaborações mentais
Sou gesto concedido
Num qualquer desejo
Tal como uma folha
Que voa
No embalo de um suspiro
Elevação ou vento
Que eu sinto
Mas não vejo
Sou assim
Realidade
E alucinação
Num horizonte
Que não decifro
Sempre em contínua
Transformação ….
Luis Sousa
Da beleza
Afundo-me no turbilhão
Da incerteza
Caminho na fusão
Das correntes da emoção
Onde sempre encontro
Sinais de orientação
Deixo-me arrastar
Pela sedução e leveza
Entrego-me na singularidade
Das sensações harmonizadas
Que traçam os relevos
Das paisagens
Por mim criadas
Sou pigmentação
Em fotossíntese
No vazio da luz
Sou detalhe marcado
De um sopro veiculado
Por um pensamento
Que não se traduz
Perco-me nos vales
Deixo água
Da minha boca
E marcas de mim
Em esconderijos de ti
Que me deixam sempre
Entre o muito e o pouco
Sou assim
Por vezes
Longe e distante
Sensível e lúcido
Na fronteira que marco
Entre mim
O meu mundo
E o universo dos outros
Quero entender mais
Porque saber
Não será pouco jamais
Vivo em sons musicais
Sento-me na beira da estrada
Penso e admiro a criação
Das elaborações mentais
Sou gesto concedido
Num qualquer desejo
Tal como uma folha
Que voa
No embalo de um suspiro
Elevação ou vento
Que eu sinto
Mas não vejo
Sou assim
Realidade
E alucinação
Num horizonte
Que não decifro
Sempre em contínua
Transformação ….
Luis Sousa