Incógnitos visitantes
Fieis viajantes
E outros tantos
Simples ambulantes
Como sempre tem sido feito
Quere-se que em cada escrita
Desta insignificante passagem
Aqui fique registada
A imagem que espelha
Cada momento que
Por aqui vai passando
Na expressão da palavra
No sentido
No som
Fica aquele espaço
Que define
O verdadeiro significado
Da intenção
Da emoção
Da curva e da dor
Que reacende a força
Que faz o laço
Os passos que por aqui se dão
Neste agora presente
São passos que
Avivam a memoria
Dos fascículos de outrora
Que a cada dia confirmam
Argutos sentidos
Que na sua visão advinham
Os trilhos do futuro
Que farão a sua história
O que aqui se escreve
É rastilho
Da própria resistência
Nas suas múltiplas formas
Entre a distancia e a essência
Entre a neutralidade
E a incógnita consequência
Se quisesse
Poderia aqui se escrever
Fragrâncias de beleza
Alimentando
Apetites alheios
Fomentando ruídos
Expressões inócuas
De significados não verdadeiros
Ao tempo
Que aqui se anda
E que aqui por enquanto
Ainda se vai estando
É porque
Faz bem escrever
Porque
É preciso dizer algo
No ar que envolve
A simbiose
Da necessária catarse
Palavras
Que esvaziam
O grito
Palavras
Que ajudam
A manter viva
A verdadeira essência
O espaço vazio
Entre o som e o sentido
Significado subjectivo
Que desde sempre
Tenta-se que por aqui
Seja dito ….
É preciso dizer algo
No ar que envolve
A simbiose
Da necessária catarse
Palavras
Que esvaziam
O grito
Palavras
Que ajudam
A manter viva
A verdadeira essência
O espaço vazio
Entre o som e o sentido
Significado subjectivo
Que desde sempre
Tenta-se que por aqui
Seja dito ….