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sábado, 18 de julho de 2009

Entre o Som e o Sentido ...








Incógnitos visitantes
Fieis viajantes
E outros tantos
Simples ambulantes


Como sempre tem sido feito
Quere-se que em cada escrita
Desta insignificante passagem
Aqui fique registada
A imagem que espelha
Cada momento que
Por aqui vai passando



Na expressão da palavra
No sentido
No som
Fica aquele espaço
Que define
O verdadeiro significado
Da intenção
Da emoção
Da curva e da dor
Que reacende a força
Que faz o laço



Os passos que por aqui se dão
Neste agora presente
São passos que
Avivam a memoria
Dos fascículos de outrora
Que a cada dia confirmam
Argutos sentidos
Que na sua visão advinham
Os trilhos do futuro
Que farão a sua história



O que aqui se escreve
É rastilho
Da própria resistência
Nas suas múltiplas formas
Entre a distancia e a essência
Entre a neutralidade
E a incógnita consequência



Se quisesse
Poderia aqui se escrever
Fragrâncias de beleza
Alimentando
Apetites alheios
Fomentando ruídos
Expressões inócuas
De significados não verdadeiros


Ao tempo
Que aqui se anda
E que aqui por enquanto
Ainda se vai estando
É porque
Faz bem escrever
Porque
É preciso dizer algo
No ar que envolve
A simbiose
Da necessária catarse

Palavras
Que esvaziam
O grito


Palavras
Que ajudam


A manter viva
A verdadeira essência

O espaço vazio
Entre o som e o sentido

Significado subjectivo



Que desde sempre



Tenta-se que por aqui




Seja dito ….