Dizia um escritor
Numa entrevista dada
No auge da sua carreira literária
Algo que deixou o seu interlocutor
E muitos outros
Que não o conheciam
Chocados
Confusos e atónitos
Nessa entrevista
Ele disse :
Por vezes
Viver cansa …
Para aqueles
Que idolatram alguém
Esta é uma frase que
Defrauda e frustra
Expectativas
Perspectivas
E toda uma panóplia de
Imagens construtivas
Fantasiosas e inventivas
Que se vão criando nesses
Cuja capacidade de distanciamento
Dos que por esses são idolatrados
É totalmente vazia e nula
Por vezes
Viver cansa
É tradução de uma imagem
Do vai e vem do trem
Que todo o ser humano
Por vezes sente
No sobe e desce
Da sua passagem
Aceitar essa expressão
Como uma forma profunda
De acutilância e sensibilidade
Como também
De invulgar inteligência
É ter a abertura e discernimento
Para reconhecer para além
Da formatação do ídolo
A humanidade que
Todo o homem
E toda a mulher tem
Admiro o escritor
Admiro a coragem do homem
Que no auge da sua fama
Reconhece
O resultado da sua soma
E na substancia da plenitude
Salpicando-se da sua humanidade disse
Por vezes
Viver cansa
Longe de ser
Um apelo a qualquer acto
De contornos macabros ou suicidas
Ele refere-se
A um outro lado
Ao lado que fica
Entre a esquina e a curva
Entre o chão
E a fasquia do salto
Entre o calor seco e a chuva
E o momento certo
Que na persistência
Continuadamente se luta
E pacientemente se espera
Pela corda reluzente
Que nos leve
Merecidamente
Ao monte mais alto
É nesta confrontação
Entre o sorriso que nos afaga
E o brilho resistente
Que ao longo do caminho
Se torna intermitente
E por vezes se apaga
Que o homem de quem falo
Corajosamente disse
Por vezes
Viver Cansa …
Numa entrevista dada
No auge da sua carreira literária
Algo que deixou o seu interlocutor
E muitos outros
Que não o conheciam
Chocados
Confusos e atónitos
Nessa entrevista
Ele disse :
Por vezes
Viver cansa …
Para aqueles
Que idolatram alguém
Esta é uma frase que
Defrauda e frustra
Expectativas
Perspectivas
E toda uma panóplia de
Imagens construtivas
Fantasiosas e inventivas
Que se vão criando nesses
Cuja capacidade de distanciamento
Dos que por esses são idolatrados
É totalmente vazia e nula
Por vezes
Viver cansa
É tradução de uma imagem
Do vai e vem do trem
Que todo o ser humano
Por vezes sente
No sobe e desce
Da sua passagem
Aceitar essa expressão
Como uma forma profunda
De acutilância e sensibilidade
Como também
De invulgar inteligência
É ter a abertura e discernimento
Para reconhecer para além
Da formatação do ídolo
A humanidade que
Todo o homem
E toda a mulher tem
Admiro o escritor
Admiro a coragem do homem
Que no auge da sua fama
Reconhece
O resultado da sua soma
E na substancia da plenitude
Salpicando-se da sua humanidade disse
Por vezes
Viver cansa
Longe de ser
Um apelo a qualquer acto
De contornos macabros ou suicidas
Ele refere-se
A um outro lado
Ao lado que fica
Entre a esquina e a curva
Entre o chão
E a fasquia do salto
Entre o calor seco e a chuva
E o momento certo
Que na persistência
Continuadamente se luta
E pacientemente se espera
Pela corda reluzente
Que nos leve
Merecidamente
Ao monte mais alto
É nesta confrontação
Entre o sorriso que nos afaga
E o brilho resistente
Que ao longo do caminho
Se torna intermitente
E por vezes se apaga
Que o homem de quem falo
Corajosamente disse
Por vezes
Viver Cansa …