A mão
Não cabe na luva
O pé não cabe no sapato
Cada medida foge
A qualquer intenção
Antecipadamente concebida
É como que
Uma fantasia requerida
Mas que não serve
Aquela necessidade
Que no mais fundo
Grita e clama
Pedindo por ser conseguida
Talvez
Tudo isso seja
A dor da ferida
Latejante
Que na sua cor tremida
Amordaçada diga
Palavras surdas que
Sem culpas de ninguém
Activam a contagem
Do ciclo da vida
A mão
Não cabe na luva
O pensamento
Não cabe
Na compreensão
E quase tudo foge
Ao discernimento
Do entendimento
Está chegado o momento
Em que o tronco
Ressequido
Perde a humidade
Como seu
Mais velho elemento
E cada vez mais
Vai perdendo
No seu seguimento
Flexibilidade
Para seu sustento
A vida sustentada
Necessita
De uma grande enseada
Porque
Já está visto que
Sem ela
As conexões se perdem
Com a oxidação
Provocada
Por um universo de vontades
Sistematicamente anulada
Que nunca serão mais que
Pedaços de coisas
Que respondem
A quase nada ….
Não cabe na luva
O pé não cabe no sapato
Cada medida foge
A qualquer intenção
Antecipadamente concebida
É como que
Uma fantasia requerida
Mas que não serve
Aquela necessidade
Que no mais fundo
Grita e clama
Pedindo por ser conseguida
Talvez
Tudo isso seja
A dor da ferida
Latejante
Que na sua cor tremida
Amordaçada diga
Palavras surdas que
Sem culpas de ninguém
Activam a contagem
Do ciclo da vida
A mão
Não cabe na luva
O pensamento
Não cabe
Na compreensão
E quase tudo foge
Ao discernimento
Do entendimento
Está chegado o momento
Em que o tronco
Ressequido
Perde a humidade
Como seu
Mais velho elemento
E cada vez mais
Vai perdendo
No seu seguimento
Flexibilidade
Para seu sustento
A vida sustentada
Necessita
De uma grande enseada
Porque
Já está visto que
Sem ela
As conexões se perdem
Com a oxidação
Provocada
Por um universo de vontades
Sistematicamente anulada
Que nunca serão mais que
Pedaços de coisas
Que respondem
A quase nada ….