Somos heróis
sem fim
Somos cordas
entrelaçadas
Que por
força de todas as razões
Seguram este
nosso mundo
Envolto em
tanta coisa
Que nem nós
sabemos
Qual o dia
Em que
poderemos descansar
E num dia ao
por de sol
Sentados naquela
esplanada
Bem junto ao
mar
Bebermos um
simples chá
De jasmim
Apesar de
tudo
Destas tempestades
de areia
Que tampam o
nosso caminho
Que enchem
os olhos
De tantas poeiras
Que nos
retiram o sentido
Dos nossos
momentos
Daqueles sedimentos
Sabes
Há dias em
que eu
Simplesmente
Dentro do
meu ser
Eu desisto
Dentro do
meu ser
Já não sei
Se realmente
eu existo
Foi aquele comboio
Desviado do seu rumo
Cuja curva
Nunca estivemos
à espera
Aquele apeadeiro
De uma outra
Qualquer Era
Que sem eu
querer
Nos apanhou
E nos levou
Para esta
esfera …