No meio
Desta tristeza que sinto
Não digo as palavras que vejo
Na fragilidade de alguém
Que os anos desgastaram
E na sua solidão cruel
Que fatalmente o envelheceram
Um homem só
Na curva derradeira da vida
Entregue à incógnita do destino
Perdido nos labirintos
Dos seus confusos pensamentos
Esquecido
Pelos mesmos que ele
No esplendor da vida
Mais acarinhou
A verdade humana
Por vezes quando emerge
Pode ser assim
Cruel e fatal
Ignorando memórias
Privilegiando
Somente o presente
No contexto
Das suas histórias
Quando a solidariedade
Se perde
Num tempo medido
Que se esgota a cada dia
Sentimo-nos impotentes
Vazios de soluções
Derrotados por uma dor
No esplendor da vida
Mais acarinhou
A verdade humana
Por vezes quando emerge
Pode ser assim
Cruel e fatal
Ignorando memórias
Privilegiando
Somente o presente
No contexto
Das suas histórias
Quando a solidariedade
Se perde
Num tempo medido
Que se esgota a cada dia
Sentimo-nos impotentes
Vazios de soluções
Derrotados por uma dor
Corrosiva e incolor
Mas esta dor será
Sempre pequena
Comparada com aquela
Que um homem só
Mas esta dor será
Sempre pequena
Comparada com aquela
Que um homem só
Sente
Desamparado pela vida
E esvaziado
Desamparado pela vida
E esvaziado
De si mesmo
Quase
Totalmente …..
Quase
Totalmente …..