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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Marcas Solitárias ....



Os pingos de desejo
No fervor que emerge
No encosto da pele
No sabor molhado
De um demorado beijo

A força que persiste
Lagoa silenciosa
Vontade que renasce
Contra tudo o que
De pior existe

O sabor a sal
Daquela lágrima
Incontida
Que cai desprevenida
No cume da emoção
Que explode e se exprime
De forma intensa e sentida

Marcas solitárias
Nas esquinas dobradas
Pelos teatros da vida
Mágoas guardadas
Que se querem longe
Distantes
E se possível
Esquecidas e eliminadas

Os prazeres degustados
Pecados em êxtase
Saboreados
Fluidos transpirados
Vozes e palavras
Desejos de malícia
Na pele derramados

O Amor partilhado
Em laços embrulhados
Na devoção presente
Num mundo privado
Que cada um sente

A constatação
Da inutilidade do Conhecimento
Sem sobriedade
E o vazio da Sabedoria
Sem generosidade


Vivencias
Intima verdade

Expressas

Pelos ventos

Da minha liberdade …..