


No desvendar destes tempos
Desvendo também
Outros lugares desconhecidos
Que habitam neste circulo
Como de um regresso se tratasse
À partilha genuína
Aos momentos
Quase esquecidos do Amor
Chega dos meus tormentos
Chega desses amargos momentos
Em que só eu sei
A cor do meu sangue
Nas suas várias tonalidades e pigmentos
Julgo que é possível
Continuar
Sim continuar algo
Que sempre considerei único
E inesquecível
Nos claustros
Nas torres
Nos degraus
Onde observo as estalagmites
Não tem sido fácil
Não
Não tem sido fácil
Exterminar os fantasmas
Criar os anticorpos
Proceder à regeneração
Revogar os conceitos
Destituir enraizados pensamentos
Desistir de padrões
Segurar ferozmente
As mais importantes Reflexões
E corajosamente manter
Os mais distintos e valorosos Ensinamentos
O que posso dizer
Perante tudo isto ?
Nada
Absolutamente nada
Remeter-me ao Silencio
E não dizer nada
E nas horas do silencio profundo
Nas horas em que se faz noite
Em cada canto do mundo
Aos poucos
Descobrir que existe mais Caminho
Mais Essência
Para no Conhecimento e na Descoberta
Continuar a desenrolar o pergaminho
E ir cada vez mais
Ainda mais fundo …..