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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tristes fatalidades ....


A sabedoria de uns , será sempre diminuta enquanto
estes se resumirem à fatalidade aceite , da sua pequenez ….


Existem tantos sinais dessa mesma diminuição gradual ,
ao verificarmos que somos prisioneiros daquilo , que
muitos consideram ser o cristal reflexo , dos sonhos que ,
todos dizem querer e procurar ….


Confunde-se tudo , perde-se tudo , na ignorância própria
de quem vive a fronteira do agora , sem saber que o hoje
se esfuma nos delírios da procura de uma satisfação própria ,
sem contudo saber , que o ganho existe na permanência ,
e nunca na fome dos desejos de ontem …..


A desconjunção entre a virtude do ganho , e a ignorância
da perda , seria , ainda que sempre difícil , mas melhor aceitável ,
nas camadas cujo o conhecimento e as vias da aprendizagem
se ausentam , desde os primeiros cuidados básicos da existência …..


Quando a perplexidade do vazio da sabedoria acontece nas
camadas cujo berço foi de linho ou de seda , com bordados
talvez dourados , ainda mais chocante e apreensivo se torna ,
para qualquer olhar atento que contempla o cortejo dos
fantoches , que proclamam hinos com ardor , mas cujos trajes
interiores parecem ser feitos de rendilhados de casquinha ,
pintados de turva e agitada ignorância ….


É nesse cortejo que se constata , que os cantares pronunciados ,
emitidos com o chamado profundo fulgor , em dias férteis
de girassóis e flores , se definham no silvar das brisas dos dias ,
e se perdem nos sons das sombras das noites , deixando antever
arbustos plantados de memórias , nos desertos sem fim , em que
se tornam muitas das nossas histórias …..


Uns dizem que é a vida , eu chamo-lhe uma triste fatalidade ,
que escolhem a navegabilidade do distanciamento ,
construído por sons de silêncios ,
desaguados neste total e imenso vazio ,
próprio de cumes imaginados ,
transformados talvez ,

em ,

desígnios

poluídos e saturados ….





Luis Sousa