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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2008 ... Milagres Acontecidos



O fecho de um ciclo
E o abrir de um outro
Numa cadencia
De acontecimentos
De revelações
E de memórias
Que ficarão sempre
Em alguns corações

Um tempo já escrito
Feito de vagas premonições
Objecto de claridades
Neblinas e nevões
Que definiram os traços
De tantas emoções

Um tempo
Onde a Mão do Divino
Cruzou e marcou
O sulco profundo
Do destino
Onde as fagulhas de luz
Cumpriram no sublime
Milagres acontecidos
Em filamentos
De um traçado fino

O fecho de um ciclo
Abençoado
Guardado e protegido
Por Anjos e Mensageiros

Na sua invisível demanda

Justos cumpridores


Do seu Sagrado

Oficio ….






segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ecos de Silêncios




Nos meandros da voz
Na sublime marca do olhar
Na ténue frescura
Com que alguém
Se deixa encantar
Encontra-se a magia
Da meta fonia
Onde se penetra fundo
Na sonoridade da melodia
E se bebe a poção
De cada palavra
No fluxo significativo
Cenário único da sintonia

São ecos que retornam
Na simbiose mesclada
Que drena
O fluido da osmose
Num trilho
Cuja incógnita está
Em cada pedra
Na borda do caminho

Ecos de silêncios
De palavras invisíveis
Que o xamã declama
Na oratória do encontro
Que acontece na magnitude
Do ínfimo fragmento
Que contem o código
Que define o sorriso
Ou a lágrima
Com que se contempla
A beleza do firmamento

Nem todos conhecem
A legenda escondida
Nos grãos de areia
Nem as imagens contidas
Em nuvens de poeira
São incidências
Intenções e convergências
Que confundem propositadamente
Algumas fragrâncias
E outras transparências

Saberá o humano
Decifrar os meandros
De tantas constelações
E incidências ?


No vão da escada
Que separa o corredor
Do portal do tempo
Encontra-se a arca dos sonhos
Que se fecha de madrugada
Evitando a luz do dia
Não é medo nem mania
É coragem bravia
É consciência dos limites
Na contenção e equilíbrio
Desse rio transbordante
Que desagua
Numa cascata imensa
De sabores e apetites


Por hoje é tudo
Guardo nos ossos
Da minha mão
As palavras que não disse

Debaixo dos meus dedos

Ficaram

Pausas

Ecos de silêncios


Da Minha

Construção ….



sábado, 27 de dezembro de 2008

Nada vem do nada ...



A pedra que se solta
Na escarpa da montanha
A folha seca
Na corrente de um rio
Passagem de um vulto
Resíduos que não ficam
Em campos férteis de amigo

Nada vem do nada
Nem a pobreza
No âmago de um espírito
De um qualquer ser
Encrostado no tempo
Esperando talvez pelo eco
De uma qualquer chamada


Entender os sinais
Nos gestos
Cada vez mais
Comuns e normais
É mergulhar
Pelo lado de dentro
No avesso da gravura
Que decora
O que parecem ser
Imagens do centro


É nesse outro lado
Que se conhece
A geografia do lugar
Os detalhes e o espanto
Os dizeres despidos
Os quadros colocados
Numa qualquer intenção
De embelezar o canto


Nada vem do nada
Cada sopro
Cada brisa
Cada elemento
Que promove
Qualquer chegada
Nasce de uma fricção
Inicio de uma vibração
Que em tal momento
Agita a corda
Que solta o timbre
De uma qualquer vontade


Nas dunas deste deserto
Nestas planícies áridas
A céu pleno e descoberto
Cada valiosa presença
Quando valiosa mesmo
Deverá beber a água
Pura e fresca do discernimento
Respirar a brisa da noite
Onde se espelha a luz
De Agradecimento
Porque uma valiosa presença
Na pobreza deste imenso deserto
É queda de chuva
É oásis
É movimento e criação
Em puro florescimento


Nada vem do nada
Qualquer cobrança
Qualquer distorção
Não vale nada
O que
Realmente importa
É proteger sempre
Regar sempre

Quando na profundidade
Se reconhece o teor



De uma qualquer


Valorosa Presença …..








sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Na Magia da química ...



Após o serenar
No refugio do meditar
Na inspiração da reflexão
No colher da essência
Na vanguarda da energia
No valor da sabedoria
Na certeza da determinação
No ausentar da emoção
No pragmatismo da visão
Na supremacia da ousadia
Nos momentos sublimes
Da conversão
De todas as possibilidades
Absolutamente consciente
Do nascer
De todas as oportunidades

Desfraldei o pano
Abracei a transparência da entrega
Que vejo em cada fase da lua
Viagens de cada ano
Observei o meu rosto
No reflexo do espelho
Do um pequeno lago
E senti a magia da química
Que me está no espírito
Na alma
Nos ossos e no tutano
E assumi que
A maior e a mais valia
Reside
No cerne eterno
Da minha interior
Alquimia

Um Caminhante
Jamais pode ignorar
Seus amuletos protectores
Sua visão e sua Fé
Sua armadura e sua espada
Polidas pelo óleo da justiça
Limpas pelo tecido do bem
Abençoadas pela força da luz
Esculpida e guardada
Pelos Mensageiros do além

Um Caminhante
Por mais que se esqueça
Por mais que não se lembre
Deverá se recordar que
O destino é incógnito
Provocador e dual
Inspirador
Borbulhante
Desafiador e factual

Em resposta
Construída a directriz
Na emergência
Da plena e lúcida
Consciência

Observo os carris
Sem fim

Onde faço por esmerar
Cada centímetro

Da Minha


Sapiência …..




terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Onde está a verdadeira Magia ?



Neste rodopio horário
Onde o mundo se agita
Na sinceridade e na hipocrisia
Dos acenos e festividades
Eu pergunto-me
Onde está a verdadeira magia ?

Nos contra tempos
Nos Inesperados movimentos
No gesto obediente
Que se faz necessário
Sim eu posso
Escolher os passos
Avançar nos espaços
Recuar os braços
Tudo numa perspectiva
De observar os traços

No meu olhar
Pressinto
Movimentações
Colocações periféricas
No intuito de adquirir
Informações estratégicas
Sim
Claro que eu posso
Mergulhar no pântano
Enfrentar os meio dragões
E sentir o ar
Roçando e abrindo
Os alvéolos dos meus pulmões

Feliz Natal
Pois
Frase na ordem do dia
É regra do parecer bem
Mas não sei não
Desta vez
O puzzle desencaixou
Desta vez acho mais
Desta vez sinto mais


Que não passa de uma frase
Puramente espontânea


Cada vez mais oca
Cada vez mais vazia .....








segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vozes Interiores



Nesta Cadência
Deste tempo presente
Seguido da incógnita
Da sua consequência
Acredito
Nesta determinação
Energia dual que equilibra
O movimento
Nesta onda de influência

Chamem-se
O que quiserem
Vozes interiores
Ecos vindos
De um lugar bastidor
Algo invisível e incolor
Sinais
São sim antes de mais
Fagulhas de luz
Que imprimem
Na tela do meu espírito
Pigmentos
Energias
Aproximadas certezas
Súmula enquadrada
No sentido criador

Existem fracturas
Nos leitos de pedra
Na argila seca
Sedimentos cortados
São efeitos
Do calor que quebra
Sintonia dos elementos
Crises
Equilíbrios
Derivações e oportunidades
Pelo universo formulados
Oportunidades cíclicas
Para empenhos renovados

Vozes interiores
Segredos divinos
Trilhos inspiradores
Indicações abstractas
Onde o concreto se apresenta
Com contornos repentinos
Onde transformam
Círculos e quadradinhos
Em interpretações factuais
Promovendo orientações
Amplas e globais

Ecos passados
Novos rumos pensados
Novos cenários projectados

Numa equação incerta

De inúmeros
Dados ….






sábado, 20 de dezembro de 2008

Chegou-me na Melodia




Na neblina
Que veio na corrente
Do rio imenso
Que separa as duas margens
Chegou-me na melodia
De um certo momento
Uma frase que registei
Pela sua beleza e profundidade
Contendo uma vontade impar
Acesa
Numa centelha de alento


Cumplicidade
Reciprocidade
E uma dose de amor …


Confesso que perante
A perspectiva inspirada
E a profundidade que extraí
No contexto destes dizeres
Deixaram-me por instantes
Embrenhado e envolto
Mergulhando
No leito profundo
Dos meus íntimos desejos
Há muito sonhados e comungados


Cumplicidade
Reciprocidade
E uma dose de amor ….


Quem aspira
Ao sublime peneirar
Dos derivados preciosos
Que se podem retirar
Desta simbiose localizada
Na fronteira da utopia
Só poderá ser alguém
Que conhece
O sabor rugoso da dor
O vazio cinzento da ausência
E o valor sem igual da presença


Cumplicidade
Reciprocidade
E uma dose de amor ….



Quem ousa querer criar
A filigrana deste sonhar
Só poderá ser alguém
Que colhe sensibilidade
No vapor
De um qualquer lugar
Que respira inteligência
Em cada acto coroado
Entre o receber e o dar
E que vislumbra nos contrastes
Nos relevos
Nas sombras e claridades
De uma paisagem
Sinais puros e valiosos
Para abraçar e guardar


Na constatação
Dos significados subjectivos
E na dimensão singular e bela
Que encontrei na envolvência
Desta simples frase
Única e simplesmente
Me deixei ficar
Passeando-me
Pela imaginação aleatória
De substratos e imagens

Que nessa instantânea viagem

Pude eu
Gostosamente

Desfrutar ….