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sexta-feira, 27 de março de 2009

Minha Alma é de Índio ...







É verdade
Na pura e singela verdade
Nos meandros das intersecções
Nos cumes das maiores interrogações
Nos momentos mais dolorosos
Em que me confronto
Com as mais cruéis questões
Só posso concluir
Cada vez mais que
Minha Alma
É Alma de Índio


Nas suas maiores conquistas
Nas suas ancestrais heranças
Nas suas angústias e derrotas
Nos seus sonhos e utopias
Minha Alma flutua
No vento sagrado do tempo
Nos confins dos ecos da pradaria
Dos vales
E na suavidade da planície
Minha Alma
É uma Alma inquieta
É Alma
Contaminada de Índio


Na minha liberdade
Na minha solidão procurada
No Amor inquestionável
Que tenho
Pelos elementos do universo
Pelas mensagens que compõem
A verdade de um profundo verso
Pelas aves que contemplo
Na magnitude de um certo momento
Na escola que encontro
Nos fenómenos
Do tal invisível templo
Tudo o que vejo
Tudo o que neste mundo
De superficialidades e aparências
Que eu não quero e me afasto
Minha Alma é esta
É Alma
Contaminada de índio


No uivo do lobo
No respeito total
Pelas leis invioláveis dos seres
Pelos sons inaudíveis
Que ensinam muitos dos saberes
Pelos motivos
Que me levam a procurar
Outros e surpreendentes desafios
Pelas coisas mais belas
Que intuitivamente
Continuo buscando incansavelmente
Por tudo o que sou
Por tudo o que vou reconhecendo
Minha Alma tem
Definitivamente
Fluidos e elementos de alguém


Minha Alma
Procura paisagens
Do lado ancestral do além
Minha Alma
Aqui neste mundo
Por vezes
Não está bem
Ela busca coisas que aqui
Este mundo do progresso
Não tem


Minha Alma
Não se contenta
Com o que a maioria
Dos normais tem


Minha Alma
Chegou a Mim
Com um traçado que
Ao longo do meu tempo
Vou a cada dia reconhecendo
O percurso singular do seu trem


Minha Alma
Não pertence a ninguém
Ela é Alma
Contaminada de índio


E como tal


Ela pertence somente



Aos Deuses escolhidos


Do Além ….





quarta-feira, 25 de março de 2009

Recados Vincados ...


Nestas dunas
Cercadas de palavras
Que se diluem em vagas
Dos meus pensamentos
E se transformam em
Pequenos caudais que alagam
Pedaços de terra arável
Nas planícies submersas
Da minha imaginação
E onde se depositam
Os mais valiosos nutrientes
Que na sua génese
São o fulgor e a demanda
Do meu protegido mundo


Neste horizonte profundo
Em que
Na combustão das sinergias
Fermenta-se o cereal
Deste tão necessário alimento
Procuro assim na magia
Que só existe na noite
Em que os deuses permitem
O subir do pano
Onde se estende
O palco soberano
Abrindo-se assim o céu estrelado
À coreografia da inspiração
Onde caiem estrelas
Contendo uma
Ou mais palavras
Que acendem rastilhos
E sinalizam verdades
Que se estendem
Por esta enorme vastidão


Nestas raízes
Que na sua origem
São sempre desconhecidas
Explode a criação
Espalhando a inocência
Deste meu espanto
Em cada sua construção
Intuindo que
Cada palavra
Tem a sua própria luz
E que cada uma delas
Quando devidamente respeitadas
Estabelecem verdadeiras conexões
Com a nossa própria vida


Nestes sinais codificados
A que demos o nome
De palavras
Estão no verso
Das suas caras
Significados e mensagens
Que quando
Atentamente observados
São recados vincados
Que expressam a nossa fonte
Que provem da natureza


As palavras são elos

Frágeis

Mas extremamente

Belos


Que me ligam a tudo


O que eu tenho


Nesta


Minha Vida ….











domingo, 22 de março de 2009

Nestes Meus Reparos ...







Reparo que
Esta minha vontade
Nunca tem hora marcada
Ela nasce
Sob uma forma qualquer
Que fica
Do outro lado
Da razão e da lógica
De onde vem
Tranquila
Calma e destemida
Uma cascata invisível
Que para mim
Jamais terá só
Um único nome


Reparo que
Nas visitações
Dos múltiplos enredos
Nascem linhas distorcidas
Configurações
De imagens e elementos
Que despertam
Neblinas fumegantes
Lanternas autónomas
Nos bastidores
Do palco da minha mente
Cumprindo-se assim
Rituais
Que desenrolam novelos
Onde os fios são desfeitos
Em micro espelhos de palavras


Reparo também que
Na sombra da minha memória
Repousam poeiras
Também pedaços de instrumentos
Alguns outros
Preciosos ornamentos
Que recordam passagens
De inúmeros momentos
Que foram deixando
Marcas sulcadas
Folhas pintadas
E páginas riscadas
De onde emergiram
Profundos ensinamentos


Lentas manifestações
Fluidos ancestrais
No corpo
No espírito
Nos confins da alma
Orgânicas dissoluções
Iluminadas soluções
Em campos delimitados
De húmida e negra terra
Onde profícuas sementes outrora
No rastreio das escolhas
Cuidadosamente colhidas
Foram ao raiar
Da Mãe estrela
Na pureza sublimadas
E aos olhos dos magos mensageiros
Meticulosamente regadas


São meros reparos
De pequenos e grandes sentires
Nas curvas da eternidade
Sustentadas
Por ecos de vozes longínquas
Num discurso intimo
Em silencio declamadas
Onde tantas vezes a consciência
De uma justiça plena
Que não é esta
Incongruente justiça dos homens
Mas sim outra
Que está acima de tudo
E como tal
Longe e distante
Da maioria dos curtos
E preguiçosos olhares


Estes reparos
Que por aqui partilho
São fruto de imensas
Inexplicáveis incursões
Em mares e oceanos
Muitas vezes desconhecidos
Mas que no roteiro dos
Pensadores inconformados
São em cada fase
E em cada momento
Construídas novas etapas
Novos mapas
Novas leituras
De percepções e coordenadas
E assim outros marcos
São no tempo estabelecidos


Nas florestas míticas
Em que os sons da noite
No arrepio se ampliam
Desmonto do dorso
Da besta da razão
E depois de
Uns passos dados
Sento-me numa pedra no chão
E respiro o ar cheio
Um inspirar profundo
Que me faz mergulhar
No misterioso meio
Revelando outros mundos
De inexorável dimensão


Nesta minha liberdade
E no Amor incondicional
Que recebo e tenho
De uma Mulher
Incomparávelmente única
Separo os caminhos
Entre os tesouros que desfruto
E a busca
Entre os prazeres da carne
A fome da alma
E a extensão infinita do espírito


E é nestes meus reparos
Que reconheço serem
De complexa acessibilidade
Na essência da real compreensão
E no suco
Do verdadeiro entendimento

Sigo assim
Na mesma verticalidade
Deste meu sinuoso caminho

Mastigando cada gota

Deste sabor salgado
Do suor escorrido
Ao longo



Destes meus

Singulares trilhos ….









sábado, 21 de março de 2009

Zonas Neutras ...


Quanto mais caminho
Por estas vias que pressinto
Mais são os sons
Que das pedras quentes e mudas
Sem esperar
Eu escuto
Ecos e estilhaços
Destes quebrados tempos
Numa frequência
Que está para além
De todas expectativas


Nesta vastidão
De luzes e sombras
Que de forma sequente
Por vezes fazem
Semi-cerrar
Estes meus olhos
Tentando estabilizar as tais
Zonas neutras
E assim serenar
Essenciais entendimentos


Quanto mais pressinto que
Na dobra do caminho
Irrompe repentinamente
A força indomável do vento
Chamo a mim
Aquelas partículas mágicas
Pendulares do tempo
Que o pó acumulado
Na minha Alma tatuou
Pinturas e imagens
Que a cada passo transformaram
Guerras e batalhas
Em paisagens serenas
Profundas
Prenhas de alento


Daí a diferença
A beleza que me fascina
Está muito para além de qualquer
Padronização estabelecida
Assim eu insisto
Que a beleza que me fascina
Está mesclada na linguagem
Que se entranha e se espalha
Na superfície arenosa
Da minha Alma
Minha cumplice paisagem


Nesta vastidão imensa
Das coisas puramente aleatórias
Certamente que por vezes
Sucessórias
Cada vez mais eu sinto
A vibração do vazio e do nada
O silencio surdo de uma erupção
Inesperada
Provocada por uma simplicidade
Incendiada
Sentindo eu
Uma satisfação indecifrável
Dira eu que abençoada


São brisas de zonas neutras
Que podem chegar

Na calada

De uma manhã

De uma tarde

De uma hora qualquer



Ou na calada de uma


Silenciosa
Madrugada …..






quarta-feira, 18 de março de 2009

Fascinação ...







Nesta semana
Em que se comemora
A Semana Internacional do Cérebro
Aqui ficam umas palavras
A este nosso
Mais extraordinário instrumento
Onde são correlacionadas e armazenadas
Todas as formas
De aprendizagem e do Conhecimento


Desde a neurociência
Passando pela psicologia
O estudo das áreas cognitivas
E todo o infinito universo
Das vertentes do Saber
Este é de facto
Um dos nossos órgãos
Cuja complexidade maravilhosa
Constatamos
E que
Como seres criativos
Sensíveis
Intuitivos
Curiosos e pensantes
A um nível alargado
Só nós humanos possuímos


Quem se interessar
Pela complexidade abrangente
Deste mundo
Que modela e estrutura
As várias disciplinas do auto-conhecimento
E das múltiplas áreas das ciências humanas
Certamente
Se sentirá familiar e cúmplice
Deste fascinante
Universo de interesse


Nomes como
Prof. António Damásio
Prof. Alexandre Castro Caldas
E tantos outros
Que continuam dando ao mundo
Canais e informações
Que nos permitem apreender
Inúmeras abordagens
Da complexidade cerebral
Levando a novas interpretações
Entre o cérebro
Como órgão físico
Imbuído de espiritualidade
E o universo das nossas emoções


Sendo esta
Uma das minhas paixões
Nas inúmeras paisagens do Saber

Aqui tive que deixar

Esta pequena abordagem



Numa temática
De múltiplas conexões …









terça-feira, 17 de março de 2009

Se Eu pudesse ...


Há coisas que sinto
E que ainda não decifro
E há factos que acontecem
No desenrolar
Das minhas vivencias
E que até hoje
Ainda não conheço


Neste carrossel
Que no cansaço me deixo
E neste embalar me encosto
Deixo ir
Este meu espírito
Invisível e livre
Ausente das fronteiras
Da minha mente


Posso até dizer que
Neste meu abandono
O meu espírito flutua
Nas correntes térmicas
Da minha imaginação
Por vezes tomando formas
Aproximando-se
E projectando-se
Numa dança única e solitária
Parecido com uma borboleta azul


Se eu pudesse
Seria para sempre
Um espírito eterno
Simplesmente vagueando
Por lugares imensos e tranquilos
Onde existissem tons de azul
Ainda nunca vistos


Neste carrossel
De movimento impiedoso
Por vezes

Sinto o meu cansaço

Assim

Liberto o meu espírito


Para que ele encontre



Um outro espaço ….







segunda-feira, 16 de março de 2009

O Sim e o Não ...




Em cada dia
Da nossa Vida
Somos confrontados
Por especiais momentos
Em que a decisão
De um Sim ou de um Não
Pode mudar e transformar
De forma brutal
O rumo fatídico
De toda uma existência


Se por vezes
Nos abstraímos
Por inúmeras razões
Da importância
Das nossas decisões
Estamos aí
De forma auto negligente
A conceder ao aleatório
O poder de sobre nós
Serem praticadas
As mais variadas
E complexas incursões


Neste universo
Das decisões
Em que o valor
De um Sim ou de um Não
Na sua inteira dimensão
Está por vezes para além
Da nossa presente percepção
Sem dúvida que
É na consciência elementar
Das mesmas
Que nos é dada a possibilidade
De fazermos as escolhas
Que nos são cruciais
Entre a verdade do que queremos
E a nossa infelicidade

Mais importante
Do que dizer aos outros

É dizermos a nós mesmos

O Sim ou o Não

Que fará a diferença total


Na busca efectiva


Da nossa
Felicidade ….

sábado, 14 de março de 2009

Só Nós Dois ...


Pergunto-me
Por vezes
O que é esta força
Esta energia
Invisível e protectora
Que traça o caminho
Desta nossa união


Ao longo das estações
Do nosso tempo
E de todas as encruzilhadas
Que até hoje
Na vida enfrentamos
Sempre soubemos
Proteger e guardar
O que de mais sagrado
Só Nós dois temos


Sinto que
Na superfície
Da planície infinita
Onde repousam
Os puros e verdadeiros sentimentos
Dignos da essência da humanidade
Fomos nós os dois também
Os escolhidos
Aos olhos da divina eternidade


Nesta batalha de cada dia
Onde saudamos
Cada positivo sinal
Na medida do possível
Tudo fazemos
Para nos excluirmos
Deste manicómio global

Assim
Nós os dois valorizamos

Os nossos tesouros

As nossas
Pequenas e grandes coisas

Nossos segredos

E tudo o que
Na química e no Amor
Entre Nós dois vivemos



De verdadeiramente

Especial …




quarta-feira, 11 de março de 2009

Deliciosas ausências ...


Por vezes
Quando estou
No meio da multidão
No completo anonimato
Sinto-me deliciosamente livre
Tal como
Um bicho do mato


Ainda hoje no meio
Dessa mesma multidão
Que fervilhava
Na confusão citadina e urbana
Simplesmente sorri
Pois veio à minha mente
A tua bela e sensual imagem


Nesse momento
Perdi a noção do tempo
Esqueci a sensação no meu rosto
Da força do vento
Pois naquele instante
Viajei no meu pensamento
Até ao âmago
Do nosso filamento


Assim estive eu
Por largos momentos
Ausente de tudo
Do ruído urbano envolvente
Alheio
Sorrindo
Recordando pedaços
Só nossos
Imagens tuas
Poses nuas
Soltas na harmonia
Do nosso conforto
Espontâneas no recanto
Simples e mágico
Da nossa liberdade


Recordei vincadamente
Aquela tua imagem
Em contra luz
No vão da nossa janela
No contraste das cores
Realçando os teus tons
No brilho acetinado da tua pele
E nas curvas e formas
Desse Teu corpo
Que só de recordar
Me deixavam louco


É assim
Por vezes viajo no tempo
E estou contigo
No mais inesperado momento


São estas minhas
Deliciosas ausências

Que trazem
Aos meus dias

Uma tonalidade especial


E um tom saboroso


De alento …..







segunda-feira, 9 de março de 2009

As Nossas Mãos ...


Sou assim como que
Viajante que deambula
Entre a realidade da superfície
Que o dia a dia me obriga
E a profundidade
Calma e tranquila
Das minhas intimas escolhas


A adrenalina
Que em medida certa
Percorre os espaços laborais
Das minhas acções
Implementando
Sempre no melhor sentido
As minhas decisões
Contrasta
Com aqueles momentos
Em que estou somente
Eu com eu
Na abstracção voluntária
Dos meus pensamentos


Num outro horizonte
Completamente
Distante e diferente
É quando estou contigo
E desfilamos
Pela orla do caminho
Nas conversas
Aleatórias e consumadas
E em carinhos que trocamos



Nesses singulares momentos
Adoro sentir
O calor das nossas mãos
Os meus dedos
Nos teus aconchegados
Que se beijam
Como que
Fazendo amor entrelaçados
Num ritual macio
De mãos e dedos enamorados
Em que tudo é
Maravilhosamente perfeito
Por vezes acontecendo
Que não sabemos
Quais são os teus e os meus


Na verdade
Nos vários cenários
Dos meus variáveis mundos
Sou viajante que deambula
Entre a realidade de outros
E as escolhas que são minhas
Nesta constante permuta
Entre o universo das obrigações
E a liberdade e a utopia
Dos meus desejos e vontades


Mas quando
Desfilamos juntos
Na orla do caminho

Tudo se transforma
Tudo se renova

Encontram-se
As nossas mãos

E o ritual acontece


Numa tranquilidade serena



De Amor
E muito
Muito Carinho …






sábado, 7 de março de 2009

A Vocês Brasil !


Alguma gente Amiga
Eu conheço
Outra gente conhecida
Eu pressinto
E tanta gente que chega
Eu não conheço


Esta é a multiplicidade
De rostos que no fluir
Da minha imaginação
Marcam regular presença
Neste palco onde expresso
Reflexos e sinais da minha Alma
E muitas paisagens do meu Coração


Por ser este um espaço
Que por opção própria
Caracteriza-se
Por particularidades especificas
Não é possível aqui
Vir alguém em busca
De retribuições de comentários
Captação de seguidores
De correntes blogosféricas
Ou de troca de selos e selinhos


E na verdade vocês
Brasil imenso
Brasil do meu Coração
Gente linda
De corpo
De Alma e Espírito
Gente bonita
Gente solta de amarras
E de conceitos menores
Aqui vocês chegam sempre
Pela curiosidade da escrita
A qualquer hora do universo
Na frescura da manhã
No sol da tarde
Ou em qualquer
Inspiradora madrugada


Este espaço
Onde aqui me expresso
Onde aqui me exponho
Onde retrato Sentimentos
Pensamentos
Contextos e ideias
E onde me confesso
Fez há poucos dias atrás
Dois anos de idade
Dois anos de criações
E na maioria dos que aqui vêm
São vocês Brasil
Os que de forma avassaladora
Descomplexada e desinteressada
Aqui se revêem


Por uma questão de consciência
Eu não poderia nunca
Deixar passar
Este importante facto

E assim deixar
A vocês Brasil

O Meu continuado Agradecimento
Pela permanente e doce companhia

E o Meu forte e caloroso


Sentido Abraço ….






quinta-feira, 5 de março de 2009

Mulher Mutante ...



Amo inequivocamente
O que considero serem
Os prazeres mais sublimes
Que se podem desfrutar
Ao longo de uma vida

Amo o Amor
Na sua capacidade
Curativa e transformadora
Na sua força poderosamente inspiradora
E na simbiose mágica
Do seu potencial criador

Amo o prazer das sensações
Mistura de ebulições
Que fervem
No prazer da carne
Que nos instiga a delicias
Em todo o seu
Inigualável esplendor

Amo o Saber
Na sua riqueza
E na sua infinita preciosidade
Abrindo horizontes
Que um ser humano
Em busca
De si mesmo
Pode
Ao longo das suas jornadas
Em pleno
Descobrir e apreender


Amo o incomum
Sensível e inteligente
Na sua singularidade única
Nos seus conteúdos
Expressões e extensões
Que a normalidade maioritária
Definida e estratificada
Jamais poderá tocar
Ou alguma vez ter


Amo-Te a ti
Mulher mutante
Amiga
Solidária
Companheira
Que se transforma
Na mais louca
E deliciosa amante


Amo as pequenas
As grandes
As monumentais
As decimais
As invisíveis
E singelas coisas


Que conscientemente
Desfruto e tenho

Quer venham
De perto ou de longe


Onde Eu as pressinta
De um lugar desconhecido


Sagrado ou distante



Pois então vem
Sempre
Sempre Tu


Mulher Mutante ….
















terça-feira, 3 de março de 2009

A Nossa Seiva ...


Nestas nossas encruzilhadas
Em que aliamos
A rebeldia
A loucura e a vontade
Saboreamos o gosto
Da nossa seiva
Que assim nos liberta
E na efervescência da mesma
Nos move

Nestas paredes mudas
Que nos cercam
Criamos os nossos segredos
Onde se ignoram os limites
Onde só contam
Os nossos momentos criativos
Em que a intensidade
Dos fluxos de energia
Flutuam
De acordo com a imaginação
Dos nossos desejos

Somos Seres iguais
Nas várias dimensões
Da nossa febre
Que vibra e perdura
Somos cúmplices aliados
Na construção do universo
Desta nossa
Indecifrável diabrura


Os diálogos se fazem
Na textura dos gestos
Nas sensações que se sentem
Em cada prazer que se descobre
Onde somos genuínos e livres
Nos espaços únicos
Que só nós
Em segredo detemos


Nesta cumplicidade abençoada

Bebemos a água da vida

E neste gosto imenso nos inspiramos

Nesta delícia única


Simplesmente nos perdemos ....